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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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APORMOR acusa Governo de querer desmantelar a DGAV e de satisfazer exigências do PAN

A APORMOR- Associação de Produtores do Mundo Rural da Região de Montemor-o-Novo, veio, esta segunda-feira, a público repudiar a intenção do Governo de criar “uma Direção-Geral dependente do Ministério do Ambiente para a sanidade e bem-estar animal”.

Em comunicado, enviado à Rádio Campanário, a Associação associa-se a todas as organizações “que já manifestaram o repúdio pela intenção do Governo de criar uma Direção-Geral dependente do Ministério do Ambiente para o bem-estar dos animais de companhia, satisfazendo, parcialmente, uma exigência de um dos seus apoiantes, o PAN. Dizemos parcialmente, porque este partido político exige que também os animais de produção sejam abrangidos”.

De acordo com a APORMOR “o Mundo Rural mobilizou-se, quase em uníssono, contra esta intenção de tirar aos técnicos da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a gestão do bem-estar animal e entregá-la aos políticos, neste caso e neste contexto a pessoas que, dizendo-se defensores dos animais e da natureza, são as que mais atentam contra as leis naturais que têm garantido, ao longo dos séculos, a coexistência entre as espécies animais, incluindo a humana. E esta vida em comum na natureza tem tido, nas últimas décadas, o apoio indispensável da DGAV e das Direções-Gerais que a antecederam, não só na sanidade animal, mas também na aplicação de regras de bem-estar animal, que todos os produtores pecuários compreendem e acatam”.

A Associação de Produtores de Montemor-o-Novo criticam a “intenção deliberada” por parte da Tutela de ir desativando a DGAV, “não substituindo os funcionários que se reformam, nem dotando os que restam com os meios mínimos necessários, a começar pelos transportes, para que possam cumprir a sua missão, ainda dispõe de técnicos e outros funcionários que todos os dias fazem milagres para que a saúde pública e animal sejam asseguradas, dentro das condicionantes existentes”.

A APORMOR alerta que “a cedência a estes grupos só tem agravado as situações. Quando se quer mexer num problema, a norma tem sido agravá-lo”, salientando ainda que “a seguir aos animais de companhia virão os animais de produção e o desmantelamento da DGAV”.

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