A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo) solicitou a abertura de novo procedimento para a classificação do centro Histórico de Cabeço de Vide, concelho de Fronteira.
Recorde-se que este procedimento já tinha sifdo requerido mas o Anúncio n.º216/2023, de 12 de outubro, da Direção – Geral do Património Cultural, tornou pública a caducidade do mesmo o que gerou contestação por parte do Presidente da Câmara Municipal de Fronteira, Rogério Silva.
A DRCAlentejo, em nota enviada à nossa redação, justifica este novo pedido porque ” entende que o valor patrimonial do conjunto proposto – Centro Histórico de Cabeço de Vide – situado na freguesia de Cabeço de Vide, concelho de Fronteira, distrito de Portalegre, justifica essa reabertura, nomeadamente pela genuinidade do seu património vernáculo, notável valor histórico, harmonia, equilíbrio e beleza do conjunto urbano, sendo a sua preservação importante para o estudo dos materiais e técnicas construtivas da arquitetura tradicional, um saber-fazer que o tempo e a globalização vertiginosa têm destruído, comprometendo a transmissão deste legado às gerações futuras. “
O património monumental do Centro Histórico de Cabeço de Vide, acrescenta ainda o comunicado “é também demonstrativo da sua importância regional, especialmente a partir do séc. XIV, com uma evolução urbana evidente e bem marcada na paisagem que exprime continuidade de ocupação humana com poucas interferências contemporâneas.”
“O conjunto urbano do Centro Histórico caracteriza-se pela sua implantação inicial no topo da colina da vila, possivelmente sobre um castro pré ou proto-histórico, com um pequeno reduto muralhado medieval (castelo), perifericamente acompanhado por monumentos importantes no contexto social, político e religioso da povoação (Igreja Matriz, Igreja da Misericórdia, Paços do Concelho/Cadeia com Torre do Relógio, Pelourinho (MN), Capela de N.ª Sr.ª dos Anjos, Igreja de N.ª Sr.ª do Carmo, casas nobres de António de Azambuja e da família Vaz de Camões), vindo a terminar na parte baixa da vila, onde se mantêm o Cruzeiro (MN), Igreja do Espírito Santo, Solar dos Simas Cardoso (MIP) e antiga Fábrica de Moagem e Eletricidade, imóveis também histórica e artisticamente relevantes, todos incluídos na área proposta para classificação” esclarece ainda a Direção de Culyura do Alentejo.