Decorreu esta tarde, pelas 14:30h, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo, a Apresentação dos Avisos do Programa Regional Alentejo 2030, por parte da CCDR Alentejo.
A Rádio Campanário esteve presente nesta apresentação e falou com António Ceia da Silva, Presidente da CCDR Alentejo a respeito da apresentação e sobre os projetos definidos para o Alentejo.
O presidente da CCDR Alentejo referiu que “em relação à estratégia, há um conjunto de projetos que são fundamentais para o território, alguns estão praticamente concluídos, como a ligação Sines – Caia, a alta velocidade, quer para mercadorias, quer para passageiros, que já têm um troço entre Elvas e Évora pronto e que, vai ser de facto fundamental. Por outro lado, temos também a eletrificação da linha que liga Beja a Évora, a Casa Branca que também está completamente financiada no Portugal 2030, temos no PRR, em termos de agendas mobilizadoras, e estamos a falar de consórcios privados, aprovámos mais de mil milhões de euros de investimentos, o que significa que é o maior investimento privado de sempre no Alentejo, porque é um investimento realizado em três anos, tem que estar concluído em junho de 2026, e que abrange obviamente todo o território porque há projetos de 15 milhões, de 20 milhões, são neste momento 32 agendas mobilizadoras. Convém haver um reforço nesta reprogramação, estou convicto que ainda vão aparecer ainda mais empresas e não tenho dúvidas de que este território é cada vez mais um território sedutor para as empresas, porque sempre disse que as empresas iriam fugir dos grandes aglomerados urbanos e viriam para o interior e, portanto, isso está a suceder e é muito bom para nós. Para além disso há a Barragem do Pisão, que é também uma realidade, estamos a falar de um investimento de cerca de 200 milhões de euros, que era perspetivado há 60 anos, está também definido duas áreas empresariais no PPR, uma em Campo Maior e outra em Beja, cujo investimento global ascenda a 30 milhões de euros, está também prevista a ligação, e essa já está concretizada, que vai também permitir a construção do novo quartel da GNR em Portalegre. Estamos também a lutar para que a linha que vai ligar Casa Branca a Beja possa chegar à Funcheira e possa chegar a Ourique e que, daí, possa haver uma interligação muito forte com a componente de de ligação a Faro, a Huelva e a Sevilha, ou seja, isso já está previsto entre o Alentejo, o Algarve e Andaluzia e, portanto, há aqui um conjunto de investimentos que vão transformar por completo o território. Não tenho dúvidas que nós hoje somos a região que temos o maior PIB do país, obviamente que também somos aqueles que têm menos população mas, eu não tenho dúvidas que isto se vai reverter. Isto significa milhares de empregos nos próximos três anos de recursos altamente qualificados, independentemente daquilo que vão ser os empregos necessários para a construção destes equipamentos. Isto significa que há o tal circuito virtuoso mas, que nos deve levar a pensar todos que vai haver necessidade de habitação, portanto tem que haver estratégias locais de habitação, porque esses recursos precisam de ter um local onde habitar, é necessário haver atividades culturais, locais de animação para jovens e para as crianças, ou seja, temos que criar uma nova região e isso só é feito em conjunto com as autarquias, com os diversos agentes, com as empresas e com as IPSS”.
“Há um problema no Quadro Comunitária, que a Comissão Europeia é contra, que é a institucionalização das pessoas, isto significa que RPIs não vão ser financiadas, os lares não vão ser financiados, portanto, vão ter que ir mesmo ao PRR e vão ter que tentar obter financiamento. Como digo, há imensos investimentos em todo o território, e o Alentejo está praticamente todo envolvido em grandes projetos que vão mudar o território”, acrescentou Ceia da Silva.