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Armando Varela demite-se dos pelouros na Câmara de Portalegre

Armando Varela, após apresentar a demissão dos cargos que ocupava na Fundação Robinson, demite-se também dos pelouros que ocupava na Câmara Municipal de Portalegre.

Através de comunicado enviado pelo próprio para a redação da Rádio Campanário, pode ler-se:

 

Em 30 de Outubro de 2017, na qualidade de primeiro eleito para a Câmara Municipal de Portalegre pelo Partido Social Democrata, subscrevi com V. Exa. um acordo político visando garantir uma governação estável no município de Portalegre.

Foi no desenvolvimento deste acordo de governação que através dos despachos de V. Exa. de 6 de Novembro de 2017 e 5 de Novembro de 2018 me foram distribuídas funções em áreas como a Energia, a Saúde, o Turismo, a Defesa do Consumidor e o Mercado Municipal.

Em 9 de Abril de 2018 tomei posse como administrador da Fundação Robinson em representação do Município de Portalegre, funções que exerci com dedicação e zelo. Em 05 de Julho de 2019, apresentei a minha demissão deste pelas razões que constam da minha carta demissão.

A inacção da Câmara Municipal de Portalegre relativamente à Fundação Robinson de que é o principal proprietário é para mim inexplicável. Este é o principal motivo que me levou a apresentar a minha demissão da administração desta Fundação.

De facto, a demissão do presidente e de um vogal da Fundação colocaram a administração numa situação de falta de quórum e na impossibilidade de tomar quaisquer decisões, facto do qual dei conhecimento oportuno a V. Exa.

Mas, o que me surpreendeu foi a ausência de reacção de V. Exa. e da Câmara Municipal de Portalegre à situação que se vivia na Fundação Robinson. Compreendi então que não podia representar quem não queria ser representado, porque não decidia.

Restou-me apresentar a demissão de administrador da fundação Robinson.

Considerando que no exercício das minhas funções de vogal do Conselho de Administração da Fundação Robinson detetei situações aparentemente muito irregulares entre 18 de Março de 2010 e 10 de Maio de 2018, que entendo ser meu dever participar ao Conselho Fiscal da Fundação Robinson, para que querendo e no âmbito dos seus poderes de fiscalização possam auditar, investigar e clarificar eventuais duvidas sobre os assuntos em referencia se as tiverem e assim o entenderem, e que estando envolvidas nessas eventuais irregularidades na Fundação Robinson, pessoas que atualmente integram o executivo da Câmara Municipal de Portalegre, nomeadamente a Sr.ª Dr.ª Maria Adelaide Franco Lebreiro de Aguiar Marques Teixeira.

Entendo que por uma questão ética e porque não ficaria bem com a minha consciência se continuasse a exercer na Câmara Municipal de Portalegre as funções que oportunamente me distribuiu.

Nestes termos e coerentemente, devolvo a V. Exa. nesta data, as funções que me estavam distribuídas, nomeadamente as competências então delegadas ao nível Câmara Municipal, de vogal do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Aguas e Transportes e de diretor da Areanatejo, e assumo o estatuto de vereador eleito pelo Partido Social Democrata, na oposição.

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