Voltam alguns fantasmas do passado com o início das obras do anunciado armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz devido à aproximação do território nacional, nomeadamente do Alentejo.
Ao que a Rádio Campanário teve acesso o ministro do ambiente, João Matos Fernandes, esteve esta manhã, a ser ouvido na comissão parlamentar conjunta das Finanças e do Ambiente, sobre o Orçamento de Estado para 2017. Durante a sessão, o ministro respondeu a uma questão levantada pela bancada do PSD, sobre o seu silêncio, acerca da anunciada construção em Setembro deste ano, de um armazém de resíduos nucleares na Central de Almaraz, aqui mesmo ao lado, a 100km da fronteira portuguesa. Respondendo o governante que Portugal poderá pedir a mediação da União Europeia, isto se o Governo espanhol não responder à ultima missiva do Ministério do Ambiente.
A missiva teve como propósito o pedido de mais elementos sobre a construção. O governante informou, até agora ainda não chegou qualquer resposta do outro lado da fronteira. Dando o prazo de 15 dias para que isso aconteça e se tal não se vier a concretizar, voltará a insistir e se mesmo assim, não houver resposta, será então pedida a mediação da EU, já que está em causa o incumprimento de um artigo directivo comunitário contemplando o assunto.
As regras comunitárias contemplam a obrigatoriedade do país fronteiriço ter que se pronunciar, quando o tema são as centrais nucleares. João Matos Fernandes informou ainda que, numa reunião com a ministra do ambiente espanhola ficou apreensivo, até porque a avaliação do impacto ambiental, que o projecto trará, foi feita ainda em 2015, numa altura em que este governo não estava em funções.
