A Rádio Campanário esteve presente no Traço19 – Festival de desenho do Alentejo, que teve mais uma das suas jornadas, desta vez em Redondo, onde conversou com José Kuski da AIAR que nos explicou o inicio desta associação “a Associação formou-se após um encontro de desenhadores há quatro anos, todos os anos fomos repetindo este encontro com pessoas na rua a desenhar o património”, sobre a evolução do festival comenta que “algumas pessoas tomaram conhecimento do nosso trabalho e propuseram-nos associar-se á organização do festival, ou seja o festival está a crescer por si próprio é á custa das associações de cada sitio que pegam na ideia e lhe dão a sua componente local, ou seja não é um festival controlado por uma associação de uma terra”, adianta ainda que “este ano somos nós (Redondo), Elvas, Campo Maior, Alandroal, Redondo, Badajoz, Ponte de Sôr e Avis e já temos propostas para o ano para Olivença e para Arronches”.
Questionado sobre a organização do festival “cada organização dá o seu toque pessoal em relação à organização do seu dia de festival”, frisando que “há uma palavra que tem que estar presente em todas as atividades que é a palavra desenho”.
No que a descobertas e inovação diz respeito afirma que “quem circula por todos os momentos do festival, quem quiser fazer o percurso por todos os fins-de-semana em que acontece, vai em cada sítio sendo surpreendido pela forma como a associação pegou no tema e por temas novos, neste caso por exemplo aqui no Redondo a parte da Arqueologia foi super interessante”.
Convidado a realizar um balanço do número de visitantes adianta que “há momento em que há mais, momentos em que há menos”, explica ainda que “não podemos dizer que temos muita gente, podemos dizer que, realmente, tem vindo gente suficiente para valorizar os eventos” conclui dizendo que “o nosso objetivo não é ter muita gente, o objetivo é que as coisas sejam interessantes”.
Isabel Moreira, presidente da Associação Cultural ArredondArte, explica que “estamos a ser anfitriões deste evento que já vai na quarta edição”.
Para a presidente “é uma honra para nós até porque somos uma associação muito jovem”.
Isabel Moreira refere que “foi através de informalidades entre amigos que tivemos conhecimento”, acrescentando que “sendo a primeira edição em Redondo achamos que faria sentido mostrar a vila e fazer o traço da nossa vila”.
A presidente refere ainda que contaram “com o apoio do município e dos nossos fundos próprios” para realizar o evento.
A RC falou ainda com o Dr. Armindo Ramalhosa da Arredondarte que nos explicou que “a Arredondarte, Associação Cultural de Redondo, estabeleceu uma parceria com uma outra associação, mais ligada a esta iniciativa, esta atividade que é promovida pelo país todo”, fez também um enquadramento da organização do festival “são eles (AIAR), enfim, que de uma forma muito engraçada que estas jornadas da traço 2019, se constituem em grupos e que vão deambulando por aquilo que são os nossos patrimónios históricos, as nossas memórias, no sentido de captar de uma forma muito naturalista, aquilo que é a nossa memória e que são alguns dos elementos que eles acham que devem reproduzir de alguma forma”.
Sobre a parceria explica que “esta parceria surgiu um pouco daquilo que é o objetivo desta associação, Arredondarte, que é fazer dentro daquilo que é a cultura alguma coisa diferente, dada a diversidade cultural que o Redondo tem” afirma ainda que “o objetivo concreto neste momento é colocar as pessoas próximas daquilo que é o nosso património”, conclui que “não afunilamos aquilo que é o olhar e a perspetiva da pessoa que vem e quer participar neste tipo de iniciativas”
Tendo a sua génese num primeiro encontro nacional de Urban Sketching, rapidamente extravasámos a toda a Cultura do Desenho e para um festival de cariz internacional.
O Traço tem vindo a crescer, aumentando a qualidade e número de visitantes (edição de 2016 com mais de 7000 visitantes). Este crescimento significou a mudança de designação de festival de desenho de Elvas para festival de desenho do Alentejo.
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