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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“As acessibilidades têm sido um fator limitativo da economia da região e sobretudo da capital de distrito”, diz Paulo Arsénio (C/SOM)

Em declarações à Rádio Campanário, Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, falou, à margem da inauguração do Parque Fluvial dos Cinco Reis, sobre as acessibilidades no concelho de Beja e também para aquela nova infraestrutura.

Paulo Arsénio frisou que a autarquia tem feito “um grande esforço junto do Ministério das Infraestruturas e Obras Públicas, no sentido de as acessibilidades para Beja serem melhoradas, nomeadamente as ligações rodoviárias e ferroviárias”.

Segundo o autarca, “as perspetivas que temos do desenvolvimento da Autoestrada até Beja passa muito pelo Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030. Mas isto não significa que esteja só concluída em 2030, pode ficar antes. O PNI tem uma abrangência de 10 anos e está lá inscrita a empreitada da estrada da Malhada Velha até Beja em perfil de autoestrada, sem portagens, até 2028, com um investimento de 130 milhões de euros”.

O edil bejense garantiu que “isso está assegurado”, mas após a publicação do documento estratégico feito por António Costa e Silva, “entrámos em contacto imediatamente com o Secretário de Estado das Infraestruturas, no sentido de saber se o PNI continua válido ou se foi ultrapassado pelo novo documento, ao que o Secretário de Estado nos garantiu que o PNI continua válido”.

Paulo Arsénio admitiu que “aquilo que gostaríamos que acontecesse mais depressa e, possivelmente, poderá não acontecer e ao qual Beja tem feito muita pressão é melhorar a via entre Beja e Beringel”, alertando que a via “está muito degradada e numa situação muito perigosa”.

“Fomos informados pelo Secretário de Estado das Infraestruturas que vai ser lançado muito em breve o concurso para o projeto da via e o concurso da empreitada só deverá ser lançado no verão do próximo ano, o que significa que, na melhor das hipóteses, a perspetiva de termos uma via para Beringel em perfeitas condições, ou pelo menos com melhores condições que as atuais, dificilmente acontecerá antes do ano de 2022”, contou o edil.

O autarca enalteceu que o Município de Beja se tem “esforçado imenso, fazemos contactos que publicamos e muitos sem dar nota dos mesmos e esta tem sido a nossa forma naturalmente de estar na vida, de pressionar o governo”, sublinhado que “sabemos que as acessibilidades têm sido um fator limitativo da economia da região e sobretudo da capital de distrito. Temos insistido muito nisso e temos tido alguma dificuldade, como tiveram executivos municipais anteriores. Estamos em perspetiva que vamos conseguir, mas não tão depressa quanto aquilo que gostaríamos e merecíamos”.

Já sobre as acessibilidades ao novo Parque Fluvial dos Cinco Reis, Paulo Arsénio destaca que “temos três caminhos assinalados para esta praia – um por Beringel, outro pelo Penedo Gordo e outro diretamente da cidade de Beja. Depois temos dois caminhos, que passam por estradas de alcatrão estreitas, que não assinalámos. A praia tem, na prática, cinco acessos”. A infraestrutura tem três entradas de terra batida que “nestas últimas semanas melhorámos muito substancialmente, mas não iremos alcatroá-los, porque as estradas já eram assim e vão continuar como estavam”.

O autarca apela ainda “aos automobilistas para que não abusem da velocidade, porque elas [estradas] estão muito convidativas a que haja velocidades acima daquilo que é recomendado para aquele tipo de caminho”.

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