A Saída do Município do Porto da Associação Nacional de Municípios Portugueses tem sido um tema que tem estado na ordem do dia.
A Rádio Campanário, à margem das comemorações do Dia da Criança, falou com David Galego, Presidente da CM de Redondo sobre esta problemática.
O Autarca começou por referir “eu acho que nenhum dos presidentes de câmara está satisfeito com as verbas e com uma série de situações que estão a ocorrer no processo de transferência de competências para os Municípios.”
Para o Presidente de Redondo este é processo que não deixa os autarcas tranquilos pois “as verbas são de facto diminutas para as exigências que passamos a ter.”
O Edil assume que “não concordo com o envelope financeiro que acompanha a transferência de competências” realçando ainda que “também não concordo que nos sejam transferidas algumas competências sem que as estruturas físicas , os equipamentos, estejam totalmente em condições senão vão obrigar-nos a fazer um investimento a curto prazo, forte e que o tal envelope financeiro não nos vai permitir.”
Para David Galego “Se houver bom senso do governo no próximo orçamento de estado e se nós autarcas pudermos reinvindicar estas preocupações que já estamos a sentir no terreno, é um caminho que temos que fazer” sublinhando que, se tal não acontecer, “quando quisermos chegar à regionalização não vamos conseguir porque ainda não terminámos sequer este processo da descentralização.”
Questionado se desvaloriza esta saída do Município do Porto da ANMP, o Presidente da Autarquia Redondense sublinha “a posição do Porto é legítima ainda assim a ANMP é muito importante para todos nós.”
Considera que “devemos estar todos na ANMP ainda que em algumas situações tenhamos posições diferentes.”
Para David Galego a ANMP deve ser “ a voz dos autarcas” dando como exemplo as preocupações que transmitiu recentemente à Associação sobre o estado de “degradação em que se encontram as estradas municipais, fruto da obra da ferrovia que decorre na região, esperando que a Associação faça chegar estas preocupações a quem de direito.”
O Presidente da Autarquia refere, por último “ continuará a acreditar na Associação nacional de Municípios Portugueses a menos que as preocupações que lhe foram transmitidas não cheguem, de facto, a quem pode ajudar na sua resolução.”