O membro do Bloco de Esquerda (BE) Romão Ramos, no seu espaço de comentário à sexta-feira, falou este dia 25 de janeiro, sobre as declarações de Carlo César (líder parlamentar do PS) sobre as intervenções do BE no bairro da Jamaica, abordou ainda as polémicas em torno de Mamadou Ba, finalizando com um comentário sobre a problemática da caixa Geral de Depósitos.
Sobre as declarações de Carlo César acerca das intervenções bloquistas no bairro da Jamaica, Romão Ramos considera que “acho uma cegueira completamente desnecessária do líder parlamentar do PS. O bloco desde a sua fundação, é um partido com uma matriz pacifista e não apoia a violência. Mas da mesma forma que temos esse valor desde a fundação, não toleramos nem racismo, nem xenofobia nem qualquer tipo de discriminação”. O membro do BE refere ainda que “o que tem acontecido nos últimos anos é um conjunto de fenómenos que envolvem bairros da tipologia do bairro da Jamaica (…) têm existido situações entre habitantes e elemento da polícia de segurança publica”. “Existe um quadro enorme de acontecimentos da parte dos dois lados, de agressões, de confrontos, de disparos, de assassinatos e o que temos estado a assistir, quer pelo lado da amnistia internacional, quer por alguns observatórios da união europeia, cada vez que fazem uma avaliação sobre as forças de segurança em Portugal carregam em duas matrizes, que são das forças que mais abusam da autoridade e do poder na europa, e que existe cada vez mais uma evidência de militantes de extrema direita nas força da psp (…) e isto reflete-se em alguns tipos de intervenção”.
Relativamente ao post de Mamadou Ba, no qual se refere á PSP, como “a bosta da bófia”, Romão Ramos considera que “o vídeo é elucidativo daquilo que eu considero e o bloco também, que é um episódio de violência policial gratuita (…) comentários destes tendem por vezes a ser infelizes, no entanto considero que foi um episódio de saturação do Mamadou Ba”. Romão diz ainda “percebo completamente o comentário, mas não o acompanho no léxico”. Sobre as remunerações pagas pelo BE a Mamadou Ba, Romão Ramos refere que “antes de ser assessor parlamentar era colaborador da camara municipal de lisboa, e como todos os partidos com assento na assembleia municipal de Lisboa tem uma verba para contratar assessores, os partidos contratam pelas verbas que entenderem, todos fazem isso”.
Romão Ramos, finalizou o seu comentário semanal, abordando os crimes da CGD que ficam sem castigo, dizendo que “o buraco da Caixa Geral de Depósitos é algo, que infelizmente, é conhecido faz muitos anos. A Caixa foi sempre um banco que devia ter a maior preponderância no mercado e vai sendo envolvida em negócios de alto risco que depois geram buracos deste tamanho”.