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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“As pessoas estão retraídas. Não sabemos como vai evoluir mas acreditamos que vai passar” diz José Cuco do Restaurante “Os Cucos” (c/som)

 

Portugal entrou hoje na 3ª fase de desconfinamento e uma das medidas contempladas abrange a área da restauração, uma das mais atingidas por esta pandemia de covid 19, e que agora já podem receber clientes no seu interior.

A Rádio Campanário visitou um dos restaurantes mais emblemáticos de Vila Viçosa, O “Ninho dos Cucos” e esteve à conversa com um dos seus proprietários, José Paulo Cuco, que nos contou como correu este primeiro dia de reabertura.

José Paulo começou por dizer que esta fase tem sido uma fase difícil e complicada relembrando que no último ano o restaurante esteve fechado quase seis meses. O proprietário deste restaurante referiu ainda que o funcionamento em regime de take-away assim como a reabertura das esplanadas vieram minimizar os prejuízos, no entanto, não foi suficiente para resolver a situação complicada em que os restaurantes se encontram.

No que diz respeito aos apoios dados pelo estado, José Paulo Cuco refere que não passam disso mesmo, apoios, e tornam-se insuficientes.
Em relação a este primeiro dia de reabertura, o proprietário referiu-nos “ainda não temos o feed-back, necessário para termos a sensibilidade de como é que isto vai evoluir” acrescentando ainda que, na sua opinião, as pessoas ainda estão retraídas e que não é logo assim que se abre portas que as pessoas começam a vir aos restaurantes.”

Apesar de tudo, o proprietário está convicto de que dentro de dias isso acontecerá, não só com as pessoas do concelho como com pessoas de outras zonas do país

José Paulo Cuco, questionado se, na sua opinião, o setor da restauração foi um dos setores mais afetados, respondeu prontamente que sim acrescentando que “foi transversal a todos os ramos económicos, mas no setor da restauração foi uma coisa tremenda, essencialmente pelo tempo que estivemos fechados.” 
O proprietário refere ainda que, apesar de o restaurante já estar em funcionamento, está ainda fortemente condicionado pelos horários que podem ser praticados, nomeadamente pelo facto de, ao fim de semana, terem que encerrar às 13 horas.

Apesar de todas as dificuldades, o dia de amanhã é encarado com esperança e otimismo, realçando que “a beleza de Vila Viçosa, terra que acolhe o restaurante continua a existir e que a vontade das pessoas em saírem também existe” não especificando o horizonte temporal em que o movimento de pessoas aumente no entanto acredita que no verão, o interior alentejano vai ser bastante procurado, à semelhança do que aconteceu o ano passado, trazendo boas perspetivas para o negócio.
 

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