O eurodeputado Carlos Zorrinho no seu comentário desta terça-feira, dia 19 de abril, falou sobre o corte das reformas exigido por Bruxelas que implica travar o aumento do salário mínimo nacional e o caso BPI em que Portugal espera retaliações de Angola colocando as exportações portuguesas em risco.
Carlos Zorrinho considera que “é um bom conselho”, a exigência de Bruxelas, mas “durante os últimos cinco anos confundiu-se as reformas estruturais com cortes nas funções essenciais do Estado, com cortes em alguns direitos e também em salários, cortes no valor das remunerações e esse tipo de reformas é que eu considero que não são estruturais, são meramente conjunturais e alheativas e não mudaram em nada estruturalmente a economia portuguesa, as reformas não foram as adequadas”.
Acrescenta que “não se pode dizer ao mesmo tempo que um país tem que fazer reformas estruturais e por outro lado não querer que este país invista, ter uma visão de curtíssimo prazo sobre a análise do ponto de vista das contas públicas (…) acho que Portugal há muitos anos precisa de fazer reformas estruturais, mas não da forma da tesoura afiada que tivemos nos últimos cinco anos porque isso não leva a lado nenhum, trás sofrimento e não trás desenvolvimento (…)”.
Relativamente ao Caso BPI e o acordo falhado com Isabel dos Santos e se Portugal poderá vir a sofrer retaliações de Angola, expressa que “é difícil mas não se devia confundir relações empresariais com relações entre países (…) o que está em causa são as relações entre um grupo económico angolano. É preciso muita diplomacia, os tempos não estão fáceis mas a é preciso muita diplomacia para separar uma coisa da outra”.