Devido à pandemia da COVID-19 os campeonatos distritais de futebol tiveram de parar de forma repentina e ainda não existe uma data para que se regresse aos jogos.
Em entrevista à nossa emissora, António Pereira, presidente da Associação de Futebol de Évora (AFÉ), explica que “foram atribuídas as classificações que estavam na altura e [que] não haveria descidas, apenas se deu liberdade aos clubes que quisessem descer de divisão, mas por sua responsabilidade e não da AFÉ”. Aos restantes clubes a AFÉ promoveu “a subida ao escalão superior”.
Relativamente às competições, Liga AFE e Liga de Elite, o que aconteceu foi uma “subida de quatro clubes, quando nas outras épocas eram três. Os quatro já aceitaram e para a próxima época temos 15 clubes inscritos em cada liga”. Segundo o presidente os clubes que subiram de posição foram o Lusitano de Évora, o Arraiolense, o Grupo Desportivo de Aguiar e o Cortiço, “na Liga AFE”, já “o Borbense e o Calipolense optaram por participar na liga AFE da próxima época”, frisa.
Relativamente às preparações da próxima época apenas após o término de todas as competições que ainda decorrem “é que é possível iniciar a nova época”.
“Excecionalmente este ano a nova época começa a 03 de agosto, pois a Federação Portuguesa de Futebol tem de lançar o comunicado oficial nº1 e a AFÉ para lançar o mesmo comunicado precisa de ter o comunicado da FPF, daí que só a 04 de agosto é que, oficialmente, o emitiremos e estarão abertas as inscrições nas diferentes competições”.
Quanto à preparação dos jogadores, após reunião da FPF com a Direção-Geral da Saúde, decidiu-se que “não estão reunidas as condições para se iniciarem os treinos coletivos dos jogadores”.
No entanto, o António Pereira revela que podem haver treinos individuais, porém “oficialmente não damos autorização a nenhum clube, os que estão a fazer treinos, fazem-no por sua conta e responsabilidade”.
A COVID-19 trouxe complicações económicas para os clubes do distrito de Évora pois “deixaram de ter as suas receitas”. Desta forma a AFÉ “conseguiu arranjar apoios na ordem dos 65 mil euros para a próxima época”, sendo 30 mil euros da FPF e 35 mil euros “de fundos que a AFÉ tinha e que vai pôr à disposição dos clubes”.
É ainda dada uma ajuda aos clubes diminuindo os custos das inscrições, das taxas e dos seguros em 20%.
Quanto à presença de adeptos nos jogos e as deslocações das equipas nos autocarros para irem a diferentes localidades jogar, “só quando sair o despacho regulamentar sobre as competições é que saberemos”, esclarece.