A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), está a convidar agricultores da região do Alentejo a plantarem sistemas agroflorestais, pelo terceiro ano consecutivo, tendo como objetivo a plantação de mais de cinco mil plantas, entre 2018 e 2019. A Campanário falou com uma das coordenadoras do projeto, Patrícia Rolha, que nos explicou que ao debruçar-se sobre a criação e desenvolvimento de sistemas agroflorestais, o projeto visa então “promover uma correta mobilização do solo e uma correta plantação também”, tudo isto “em benefício do combate às alterações climáticas”, explica a coordenadora.
Os agricultores têm até dia 14 de setembro para formalizar as suas candidaturas a este projeto, que dá pelo nome “Agricultura para o Futuro – Programa ACCOR para Portugal”, que é financiado pela cadeia de Hotéis ACCOR e pela iniciativa internacional “PUR Projet”.
Uma das exigências feitas a todos aqueles que concorram a este projeto é que identifiquem no mínimo três espécies diferentes de plantas, “para que não entremos num sistema de monocultura” algo que ajuda a “dar a definição de agroflorestal, que tem que ser uma parcela, ou um terreno, em que seja feita uma instalação de plantas principalmente agrícolas”, como “árvores fruteiras ou aromáticas, e depois a parte de plantas arbustivas e arbóreas”, como “o olival, o alfarrobal, a azinheira, o sobreiro”.
Por outro lado, Patrícia Rolha, explica que “o ideal é até chamar-lhe mais apoio do que financiamento” a esta iniciativa, uma vez que se trata de “uma pequena ajuda ao agricultor, de uma perspetiva que ele já tem de colocar no seu terreno”.
Nesse sentido, “vai ser dado um valor por árvore ao agricultor, que é transformado na aquisição da árvore, na aquisição do sistema de rega e na aquisição dos chamados protetores para a árvore”. Um projeto que envolve orçamento “variável, conforme o número de plantas” que se desejam ser plantadas, e este ano “ronda os 20 mil euros, na totalidade do projeto” que também “depende do número da adesão de agricultores”.
Os quais podem pertencer a qualquer zona do Alentejo, apesar “sendo a Associação de Defesa do Património de Mértola a promotora, em termos de manutenção, facilita-nos que sejam de concelhos limítrofes, mas não criamos qualquer objeção, como diz o próprio convite”, explica a coordenadora do projeto.