A Associação “Saber Fazer” foi oficialmente criada em Portalegre e tem como objetivos a salvaguarda, continuidade, inovação e desenvolvimento sustentável das artes e ofícios nacionais, assegurarando assim a transferência de conhecimento para as novas gerações, promover a inovação estratégica e qualificação de produtos e a respetiva valorização cultural e económica, no âmbito dos mercados nacional e internacional, assim como promover o turismo cultural, designadamente através da criação de roteiros turísticos, conforme foi avançado pelo Tribuna Alentejo.
De acordo com o portal Agricultura e Mar, a associação foi criada através do Decreto-Lei n.º 43/2021, publicado em Diário da República no dia 7 de junho, e conta com o apoio do INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em representação do Ministério da Agricultura.
A iniciativa surge no âmbito do Programa “Saber-Fazer”, que contém a estratégia nacional para as artes e ofícios tradicionais para os anos 2021-2024, e que vem estabelecer as medidas para a salvaguarda, o reconhecimento e o desenvolvimento sustentável da produção artesanal, assentes em três principais eixos: transversalidade, territorialidade e tecnologia.
De acordo com o diploma que cria a associação, “Portugal dispõe de uma vasta e heterogénea variedade de práticas artesanais em todo o território que constituem uma verdadeira rede do saber fazer. O potencial deste setor é elevado, quer no plano nacional, quer no plano internacional, verificando-se um incremento na procura de produtos produzidos a partir de técnicas artesanais, com base em matérias-primas naturais e com uma pegada ecológica diminuta”.
Além disso, estes produtos e técnicas incorporam, em muitos casos, os princípios da economia circular, associando o ecodesign ao património imaterial do país e têm relevância social significativa, pelo potencial de criação de oportunidades de emprego e de inclusão social.
Cabe a esta nova associação coordenar e acompanhar a implementação de políticas públicas na área das artes e ofícios e da produção artesanal, em especial as constantes do Programa, e monitorizar o impacto da respetiva aplicação, bem como apoiar a criação e implementação de um centro tecnológico do Saber-Fazer.