O Parque de Merendas de Campinho, no concelho de Reguengos de Monsaraz, recebeu na passada sexta e sábado (21 e 22 de Julho) a “Dark Sky Party Alqueva”, que junto naquele espaço, curiosos e entusiastas da ciência que estuda os céus, a Astronomia.
Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), referiu à Rádio Campanário que o tema que abordou na sua palestra gira em torno de “como podemos viajar no sistema solar e que tipo de aventuras podemos ter”.
Segundo o investigador, “a ideia é aprendermos de uma forma ligeira”, mostrando algumas imagens sobre investigações realizadas e com quem, na sua vida profissional, trabalha diretamente.
“É natural que todos nós sintamos um fascínio pelo céu”, referiu Pedro Machado, indicando que o seu gosto por esta ciência nasceu de forma semelhante ao que ali se passou, tendo ingressado na área que o “fascinou” desde muito novo.
Questionado sobre a acessibilidade a esta área, Pedro Machado aconselha a “estudar muito bem a física e a matemática”, reconhece que “não somos muitos” em termos de instituições, no entanto considera que trabalham em equipa e “colaboram” uns com os outros.
Pedro Russo, professor de Astronomia e Sociedade na Universidade de Leiden, na Holanda, disse á RC que a Astronomia “fascina muito os jovens e as crianças”, mencionando ser uma ciência que pode “ajudar a atrair muitos jovens para a ciência e para a tecnologia”, o que considera ser “essencial” para a constituição de um país moderno.
O professor abordou o tema “O fascínio da Astronomia”, diz ainda á RC que “o nível de Astronomia que se faz em Portugal a nível profissional é muito bom”, acrescentando que não conhece “quem tenha tirado licenciatura e mestrado e esteja desempregado”.
“É a ciência que tem maior impacto a nível cientifico-tecnológico em Portugal ”, referiu Pedro Russo, mencionando ser “uma área com futuro”, no nosso país e na Europa.
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