A Papelaria Cambaia, de Vila Viçosa, foi uma das vítimas do ciberataque que teve início na passada sexta feira, dia 12 de maio, e que atingiu várias empresas a nível nacional e internacional.
A RC esteve à conversa com a proprietária da Papelaria Cambaia, Luísa Castro, que nos informou que o problema foi detetado pelo seu marido, na manhã de domingo, dia 14 de maio. O mesmo tentou ligar o computador como faz rotineiramente, e não tendo este iniciado, voltou a tentar, mas sem sucesso.
No dia seguinte, o técnico informático verificou o equipamento e informando-a que devia ser o sistema informático estaria bloqueado pelo “tal vírus que anda aí”. Desta forma, não lhe seria possível aceder ao programa de faturação, programa de stocks.
“Fiquei sem nada no computador […] até as fotografias”, diz a vitima deste ciberataque.
Luísa Castro apresentou queixa na GNR de Vila Viçosa e também na Repartição de Finanças de Vila Viçosa, estando o técnico informático a resolver a situação.
Bloqueando todo o acesso ao computador, é possibilitado ao utilizador comunicar com o hacker. Desta forma, através de uma troca de emails (que pode verificar em baixo), o técnico informático foi informado que o sistema seria desbloqueado, mediante transferência no valor aproximado de “três mil euros”.
Por parte das autoridades foi-lhe aconselhado a “não fazer o pagamento dos três mil euros, porque não é certo que eles desbloqueiem o sistema, posso pagar e ficar novamente bloqueado o sistema”.
A Polícia Judiciária está a investigar este ataque informático, tendo fornecido “uns códigos […] para tentar desbloquear o sistema”.
“Não tenho ideia” de como esta situação aconteceu, lamenta Luísa Castro, relatando que mesmo tendo conhecimento dos perigos informáticos e tomando algumas precauções, não abriu e-mails desconhecidos.
“Não sei como é que isto me aconteceu a mim, no meio de milhões”, declara a proprietária do pequeno estabelecimento.
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