12.6 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Atrair jovens e fixar pessoas são objetivos do consórcio Campus Sul hoje assinado em Évora(c/som e fotos)

Promover o desenvolvimento sustentável do Sul do país e estimular a coesão territorial. São estes os objetivos do Campus Sul, consórcio inédito em Portugal que junta a Universidade de Évora, a Universidade do Algarve e a Universidade NOVA de Lisboa apresentado hoje no Auditório do Colégio do Espírito Santo, na Universidade de Évora.

A sessão de apresentação do CAMPUS SUL contou com as presenças do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Ministra para a Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, da Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, do Reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, e do Reitor da Universidade NOVA de Lisboa, João Sàágua.

A Rádio Campanário esteve presente na apresentação deste consórcio e falou com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor que começou por referir a propósito deste consórcio que o mesmo não é inédito mas sim “o que é inédito é que vamos ter aqui um consórcio com estas três universidades para  promover esta recirculação entre investigação, inovação e educação sobretudo orientado para aquilo que é um dos nossos principais desafios, a densificação do território,  face ao contexto demográfico.”

O ministro destacou  ainda “a capacidade destas três instituições de atrair os estudantes estrangeiros” ressalvando “Um dos principais desafios deste campus, porque é inédito, é a capacidade do Campus no futuro de 10 ou 20 anos atrair estudantes de todo o mundo.”

Manuel Heitor referiu igualmente “Estamos numa zona com uma demografia muito específica alinhada em que por ventura uma das regiões europeias, certamente em Portugal, com maioríssima consequências no processo de alterações climáticas.”

Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, começou por felicitar os intervenientes neste consórcio dizendo que “esta parceria é de facto inovadora, mas esta parceria de dois ministérios também inova” sublinhando “ a ciência e o ensino não têm fronteiras destacando a importância dos territórios na transformação este conhecimento, estas tecnologias  em inovação, em bem estar em riqueza.”

Para a governante “a importância desta rede vai para além destas três universidades” acrescentando “nós cada vez mais , numa mudança feita ao longos dos tempos, envolvemos as nossas CCDR como responsáveis pelo desenvolvimento regional assim como temos assistido a um crescimento da inovação  que temos tido com as  autarquias como agentes de inovação.”

“Não há desenvolvimento nem coesão sem conhecimento e sem conhecimento científico” acrescenta ainda a Ministra revelando ainda “a importância de não ficar limitado dos produtos endógenos.”

Ana Abrunhosa conclui referindo que “o conhecimento de base científica é fundamental para que neste território se desenvolvam novos setores de atividade dando como exemplo o setor da aeronáutica e aeroespacial” sublinhando que este consórcio pode e deve trazer “o desenvolvimento urbano sustentável e devemo-nos orgulhar com esta preocupação que temos na coesão do território.”

António Cia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e desenvolvimento da região Alentejo, a propósito deste consórcio, começa por referir “Só é possível esta cooperação através da assinatura deste consórcio porque houve uma visão em relação ao território que permitiu um grande apoio à investigação tecnológica e à inovação e para isso contribuíram também os equipamentos adquiridos através de fundos europeus .”

Ceia da Silva destacou ainda a importância da existência de parceiros que concretizem essas iniciativas e nesse aspeto “a Universidade de Évora tem sido um parceiro fantástico .”

Para o presidente da CCDR Alentejo “a investigação e a inovação tecnológica alavancou em 2021 mas mais vale ter sido agora do que não ser”  salientando “ se falarmos hoje em investigação e inovação não tem nada a ver com o que tínhamos há dez anos atrás.”

“Hoje, a qualificação dos nossos recursos humanos são incomparavelmente superiores e sobretudo devido ao enorme trabalho feito pelas Universidades” acrescentou ainda o responsável pela CCDR Alentejo descrevendo que “houve uma viragem significativa neste Campus do sul porque hoje as diversas  estrutura de ensino superior são complementares e esta é de facto a grande viragem : a possibilidade de termos três universidades de ponta cada uma com as suas especificidades a colaborarem em conjunto.”

António Ceia da Silva termina salientando que “Temos que atrair pessoas, quadros qualificados e para que isso aconteça não precisamos apenas do trabalho meritório das Universidades, mas sim de acessibilidades, de investimento cultural, entre outros factores que são decisivos.”

Por último, José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, sobre este consórcio referiu “a cooperação entre regiões não é de agora” destacando “este processo traduz-se numa nova fase desta cooperação onde é preciso identificar bem os desafio que temos pela frente sobretudo o climático” evidenciando “ o uso sustentável da água e uma agricultura competitiva entre outros pontos “.

Destaca o papel da CCDR do Algarve com evidência para  “a importância da parceria ao nível da investigação, ser parceiro no crescimento da economia e atingir objetivos.”

Através do melhor conhecimento produzido em cada uma das universidades, serão criadas novas licenciaturas, mestrados e doutoramentos, que vão permitir aos estudantes passar períodos de tempo em cada uma das três instituições, com alojamento nas residências universitárias. Está também prevista a criação de centros de investigação aplicada e inovação para a sustentabilidade, e de agendas colaborativas com os principais parceiros sociais e económicos da Região, em áreas críticas para o desenvolvimento do Sul, como o património cultural, sustentabilidade das cidades e comunidades, conservação da biodiversidade marinha e agricultura sustentável. Além disso, serão desenvolvidas atividades de capacitação das administrações municipal, regional e central, a Sul, e de outras instituições que exerçam atividade na Região.

 

 

Populares