Cerca de 20 pessoas arrendatárias de imóveis do instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em Monforte, Santo Aleixo e Vaiamonte, viram as rendas das suas habitações sofrer um aumento exponencial.
À Rádio Campanário, o presidente da Câmara Municipal de Monforte, Gonçalo Lagem refere que tem havido diversas reuniões com o objetivo de dar conta dos trabalhos desenvolvidos pelo município”, no sentido de resolver a situação.
O autarca esclarece que na carta recebida do IHRU, os moradores eram informados da atualização das rendas, “moradores que pagavam 20, 30 ou 40 euros, ao final do terceiro ano, com a atualização iriam pagar 294 euros”.
“Sabemos que a realidade das pessoas é completamente incomportável assegurar o pagamento de uma renda nesse valor”.
Gonçalo Lagem diz ainda que tem havido um contato permanente e de alguma proximidade “com a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território que é quem tutela o IHRU e temos combinado uma reunião muito brevemente”, acrescentando, “soubemos que a lei foi alterada e neste momento o que estamos a fazer é encaminhar todos os processos, todos os rendimentos dos agregados familiares para ser calculada a renda tendo em conta a nova legislação”.
O presidente da Câmara Municipal de Monforte salienta que um dos argumentos para a revisão do valor da renda prende-se com o fato de serem moradores “com 35 anos e situando-se o IHRU em Lisboa, não são muitas vezes abordados para virem arranjar a persiana ou a porta e são os moradores que substituem aquilo que são as competências do IHRU, são eles que durante 35 anos fizeram melhorias nas casas, que têm grandes problemas a nível de esgotos, precisam anualmente de manutenção e foram sempre os moradores que asseguraram essa manutenção”.