Hoje, dia 1 de junho de 2023, data em que se comemora o Dia Mundial da Criança, o autor e ilustrador Nuno Vilaranda a convide do Município de Borba vai marcar presença durante toda a manhã no festival da juventude de Borba, mais concretamente no agrupamento de Escolas de Borba onde irá apresentar o seu livro e jogo em formato de leitura do conto para mais de 250 crianças do 1º e 2º ciclo.
Seguidamente o autor parte para Lisboa onde estará novamente a apresentar o seu livro, pelas 15h30 na Escola de Trânsito da Serafina a convite da Câmara Municipal de Lisboa. O autor, desenhou uma apresentação original onde irá apresentar o seu livro através de uma leitura tendo como papel de parede as ilustrações e o som de um piano.
Para Nuno Vilaranda o trabalho não se esgota na GNR. É nas suas folgas e restantes tempos livres que mergulha na vida académica e no seu mundo das mais diversificadas artes, entre elas, a arte de ilustrar e escrever. Sempre agarrado a uma causa social, Nuno Vilaranda verte nos seus livros e nos seus quadros algumas das problemáticas que mais o preocupam.
Desta vez, escreveu para tentar sensibilizar os mais jovens para a questão da sinistralidade e a par disso, dos livros. Para este autor as palavras têm o poder de voar com o vento, mas diz-nos que quando as fixamos e imortalizamos em um livro, damos-lhe a oportunidade de tocar vidas, de inspirar mudanças e de serem projetadas para as gerações seguintes. É no encontro entre páginas, palavras e ilustrações, que a magia acontece, onde a conexão entre autor/ilustrador e os leitores se estabelece. Entre as palavras escritas e das ilustrações desenhadas à medida, pretende, o autor fazer parte da vida e aprendizagens dos mais novos. Este livro destaca-se pelo facto de não precisar de eletricidade para funcionar – não tem botão para ligar ou desligar. Para ser usado, para ler e brincar com ele, apenas precisamos de o abrir e folhear, sem necessidade de clicar. Como não tem bateria ficamos descansados porque nunca se irá desligar.
O Professor Daniel vai proporcionar uma sessão diferente aos “seus” alunos. Um conto que aborda, de forma educativa, a segurança e prevenção rodoviária. Incorpora uma narrativa bastante emocionante que retrata a viagem a bordo de uma carrinha “pão de forma” por um grupo de amigos: o Velocidades, o Cadeirinhas e os seus sete amigos. Estes são os heróis que irão desafiar as mais básicas e elementares regras de trânsito. Para sobreviverem as personagens têm de conseguir fazer uma viagem de regresso sem cometerem infrações. Uma história empolgante e comovente que promete consciencializar e sensibilizar as crianças e os jovens para a importância do cumprimento das regras.
O piloto Miguel Oliveira escreve o prefácio e o Dr. Bruno Serranito escreve a psicologia do conto. Para além do mais, a Associação Paula Varandas é parceira deste projeto, porque, educar para o Direito, também é educar para a responsabilidade e o Dever de ser responsável a conduzir. A iniciativa conta ainda com o apoio da Associação para a Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária (GARE).
Parte dos lucros da venda do livro irão reverter a favor do Serginho, uma criança que foi atropelada à frente da casa dos avós quando tinha 11 anos. Infelizmente o Serginho ficou com 95% de incapacidade física e depende dos cuidados dos adultos a tempo inteiro, bem como, tem uma enorme despesa com os tratamentos. O Serginho vive em Esposende com os pais e tem, à data, 15 anos. A sua recuperação está a ser lenta, mas felizmente com melhorias significativas.
Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte de crianças em Portugal, representando 12% dos óbitos de crianças e jovens. Os dados constam no relatório da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI). Segundo dados do INE citados no relatório da APSI, entre 2012 e 2020 morreram, em média, em Portugal, 66 crianças por ano, por acidente, desde o nascimento até aos 19 anos. Não fosse este projeto uma ferramenta atual e importantíssima para contribuir para uma educação rodoviária mais próxima das crianças, dos jovens e dos adultos. Sim, adulto porque também escrevo para eles. Aliás, é a eles que queremos chegar para apelar, desta forma, a uma maior responsabilidade. Numa perspetiva global, segundo a Organização das Nações Unidas, os acidentes de trânsito matam mais de 1,35 milhões de pessoas todos os anos. Nas faixas etárias de 5 a 29 anos, os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes e estima-se que entre 2020 e 2030 o trânsito faça até 500 milhões de vítimas em todo o mundo, segundo dados da ONU.