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Banda Filarmónica Simão da Veiga regressa hoje ao palco do Cineteatro de Montemor

Banda Filarmónica Simão da Veiga

Após interregno de um ano, devido às circunstâncias pandémicas, a Banda Filarmónica Simão da Veiga da Casa do Povo de Lavre regressa ao palco do Cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, no próximo dia 11 de dezembro, às 21h30, com um Concerto Festivo, dirigido pelo Maestro Rui Ferreira, no âmbito do Ciclo de Outono, em parceria com a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e com apoio da Direção Regional da Cultura do Alentejo, na realização deste concerto em formato livestream.

Para o concerto desta edição foram convidados cerca de 45 artistas. Sem carreiras consagradas no panorama musical português e internacional, sem currículos de referência para o grande público, sem histórico de rostos televisivos e de performances familiares às grandes massas.
Os artistas deste ano são os músicos da Banda de Lavre, para quem a música é uma festa permanente e uma forma muito própria de sentir a vida e de perceber o mundo.

“E voltarmos a este espaço, reencontrarmos o nosso público e com ele partilharmos a alegria de fazer música é, sem dúvida, a melhor compensação que poderíamos encontrar depois de tantos meses em que, infelizmente, nos vimos privados de dar voz a esta paixão de que todos comungamos. Por isso, este concerto é, acima de tudo, uma celebração da vida e uma enorme festa. Para nós e para quem nos ouve. Acreditando nas sábias palavras desse grande homem de cultura e de intervenção cívica que foi o francês Victor Hugo, por ação da música do mundo sai um hino. O nosso concerto será, pois, uma celebração e o título que lhe atribuímos – Concerto Festivo – confirma-o.
O programa que vamos interpretar nesta noite foi criteriosamente escolhido, percorrendo matrizes de composição, épocas e estilos muito diferenciados. Não queiramos encontrar nele uma coerência temática que, efetivamente, não existe. Porque não a pensámos. Porque celebrar a vida e o mundo através da música não tem que ser, forçosamente, uma atividade demasiado pensada, fruto de uma
intelectualização não raras vezes tão castradora! Fazemos votos para que os nossos
ouvintes colham destas obras o mesmo prazer que sentimos ao prepará-las e que
experienciaremos neste palco.
Vamos à música! Foi ela que aqui nos trouxe.
Obrigado pela vossa calorosa presença.
Que este Natal que se aproxima e o novo ano traga para todos o melhor dos mundos!”

A Banda de Lavre

Banda Filarmónica Simão da Veiga da Casa do Povo de Lavre

É antiga a tradição musical da vila de Lavre. A sua Banda, inicialmente constituída como Sociedade Fraternidade Simão da Veiga, nasceu a 1 de dezembro de 1889, pela mão de Simão Luís da Veiga, ilustre pintor animalista e cavaleiro lavrense. Um século mais tarde, em março de 1995, uma reorganização profunda integraria a Banda na Casa do Povo de Lavre, condição que ainda hoje mantém. Tem sido intensa, diversificada e profícua a atividade da Banda de Lavre, sobretudo nas últimas décadas, quer a nível nacional como internacional.
Em dezembro de 2004, no âmbito das comemorações dos 700 anos do primeiro foral de Lavre e do seu 115º aniversário, a Banda de Lavre lançou o seu primeiro CD: Sons e Memórias – 700 Anos de Júbilo. Novo trabalho neste âmbito viria a surgir, no ano seguinte, com a participação no projeto: As Melhores Bandas Filarmónicas do Alentejo, promovido pela editora Public-art. Em abril de 2006, a Banda de Lavre participou, em primeira categoria, no Concurso de Bandas Ateneu Artístico Vilafranquense, em Vila Franca de Xira, tendo apresentado uma excelente prestação. Em junho do mesmo ano, alcançou o primeiro lugar no concurso nacional promovido pelo Inatel – Encontrão 2006, na componente musical – Festimúsica, com a apresentação do projeto Sons do Exótico. O Grande Livro da Fantasia foi o título escolhido para igual participação, em junho de 2007, tendo a Banda de Lavre alcançado, uma vez mais, o primeiro lugar. Muito relevante tem sido a aposta, em parceria com a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, na realização, nesta cidade, de espetáculos de nível superior, integrados na programação do Ciclo de Outono. Neste âmbito, merecem referência o concerto, realizado em outubro de 2007, com o Maestro António Victorino d’Almeida, o concerto levado a efeito, em dezembro do ano seguinte, com o tenor Carlos Guilherme, o espetáculo Sons e Vozes de Outono, realizado em dezembro de 2009 com a participação de Carlos Guilherme e de Anabela e o tributo ao compositor norte-americano George Gershwin (Gershwin, a Utopia da Vanguarda e Outras Formas de Ouvir…), que juntou em palco, em dezembro de 2010, a Banda de Lavre, o pianista Mário Laginha e a cantora Maria João. Em outubro de 2012, a Banda de Lavre acompanhou o cantor Paulo de Carvalho, a comemorar 50 anos de cantigas, num concerto memorável que designou por Memórias, Sons e Influências. Em dezembro de 2013, o artista convidado foi Jorge Palma e o cineteatro Curvo Semedo esgotou para ouvir esta simbiose que viria a revelar-se apaixonante. Sucessos que se viriam a repetir.

Maestro Rui Ferreira

Rui Manuel Alves Ferreira, natural de Lavre, iniciou os seus estudos musicais em 1992 na Banda Filarmónica Simão da Veiga da Casa do Povo de Lavre, estudando trombone com o professor Manuel Gaspar. Frequentou a Academia de Amadores de Música Eborense, integrado na classe do professor António Santos. Participou em cursos e estágios no âmbito da formação específica do seu
instrumento, dos quais se destacam os lecionados pelos professores Fernando Palacino, José Raposo e Paulo Cordeiro e estágios para Orquestra de Sopros sob a orientação dos maestros Ferreira de Brito, Alberto Roque e Carlos Marques.
Frequentou o Curso Livre de Jazz do Hot Club de Portugal durante dois anos sob orientação do professor Luís Cunha.
Frequenta, atualmente, a Licenciatura em Jazz da Escola Superior de Música de Lisboa e é
membro da Orquestra Jazz do Hot Clube de Portugal.
É músico da Banda da Força Aérea Portuguesa desde novembro de 2005.
Desempenha, desde setembro de 2015, as funções de diretor artístico da Banda Filarmónica
Simão da Veiga da Casa do Povo de Lavre.

Pode ser uma imagem de a tocar um instrumento musical e texto

Fonte: DRCA

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