A Barragem do Alqueva, situada no rio Guadiana, é um dos maiores reservátórios artificiais de àgua a nível europeu,construída com o objetivo de servir de regadio para toda a zona do Alentejo e de produzir energia elétrica.
Dispõe de umacapacidade total de armazenamento, à cota de 152 metros, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.160 quilómetros de margens.
No início do ano transato, o projeto de regadio de Alqueva captou 4 mil milhões, de investimento público e privado sendo que ainda está prevista a verba de mais 1000 milhões até 2020, que serão disponibilizados através de fundos europeus.
A Rádio Campanário esteve à conversa com o comendador, José Luís Tello Rasquilha, sobre as potencialidades do Grande Lago do Alqueva que considera “que ainda não está totalmente explorado”.
Relembra o trabalho realizado pelo falecido Ministro da Agricultura, afirmando que “o engenheiro Sevinate Pinto estava muito interessado em levar a obra até ao fim, provavelmente, com ele seria concretizada mais rapidamente, o que não quer dizer que o atual governo não o faça”.
O comendador manifesta que tem pena “que muitos dos aproveitamentos que se têm feito, tenham sido feitos pelos espanhóis “.
Acrescenta ainda que “ foram aplicados a uma ou duas culturas quando podiam ter sido diversificados por mais uma série de culturas o que, naturalmente, traria também mais indústria e mais atividade para toda a região, mas pode ser que com os anos isso aconteça.”
José Luís Tello Rasquilho refere que o preço elevado da àgua é principal dificuldade que os agricultores e investidores enfrentam no Grande Lago do Alqueva, adiantando que “ há uma diferença abismal de preço, cerca de um euro, comparativamente ao custo cobrado por este recurso natural na Barragem do Caía.”