Na sequencia da operação “Zeus”, que investiga alegados casos de corrupção nas messes da Força Aérea Portuguesa, a Base Aérea de Beja, foi um dos locais onde a Policia Judiciária realizou buscas na passada quinta-feira.
De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), o inquérito, dirigido pelo Ministério Público e em investigação no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, investiga suspeitas "de, pelo menos, desde o ano de 2015, algumas messes da Força Aérea serem abastecidas com géneros alimentícios, cujo valor a pagar, posteriormente, pelo Estado Maior da Força Aérea, seria objeto de sobrefaturação".
De acordo com a PGR, “por acordo entre militares que trabalham nas messes, fornecedores dos géneros alimentícios e um elemento do departamento do Estado Maior da Força Aérea com funções de fiscalização das referidas messes, a diferença entre o valor faturado e o dos produtos efetivamente fornecidos seria dividida pelos elementos envolvidos".
Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e falsificação de documento, sendo que o Ministério Público é coadjuvado na investigação pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e pela Polícia Judiciária Militar.