A Delegação de Beja da SOLIM – Solidariedade Imigrante veio a público manifestar a sua “preocupação e indignação” pelas “graves violações dos direitos humanos” das comunidades imigrantes no Alentejo, exigindo o “respeito” pelas autoridades policiais.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a associação SOLIM justificou esta reivindicação com aquilo que considera ser uma “sucessão de graves violações dos direitos humanos perpetradas contra imigrantes por elementos das forças policiais”.
“Além do perigo de reincidência comprovado, estes comportamentos traduzem uma mentalidade racista e xenófoba inaceitável entre quem tem responsabilidade de velar pela segurança de todos os cidadãos, sem discriminações”, sustentou.
A exigência da SOLIM para a suspensão imediata de funções de elementos policiais acusados é dirigida ao Governo, através do Ministério da Administração Interna e da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
No comunicado, esta associação para a defesa dos direitos dos imigrantes manifestou “preocupação e indignação” com as “graves violações dos direitos humanos que se sucedem no Alentejo e que têm como alvo as comunidades imigrantes”.
“Vítimas de tráfico humano, da exploração laboral e de condições de habitação degradantes”, os imigrantes “tornaram-se um alvo fácil de violência policial”, sublinhou.
A SOLIM lembrou os casos de sequestro e agressão de imigrantes no concelho de Odemira por militares da GNR, de alegadas agressões de agentes da PSP, na noite da passagem de ano, em Beja, e do agente da Polícia de Beja acusado de torturar um cidadão ucraniano.