O negócio dos táxis continua fraco em Beja, onde é a população mais idosa que utiliza este tipo de serviço, ainda que os taxistas da cidade refiram que o negócio têm estado a aumentar deste o início do desconfinamento.
Segundo António Brincheiro, taxista há 35 anos, “podemos dizer que o negócio está ligeiramente melhor desde que começou a pandemia, mas muito pouco. Tirando um dia ou outro, como é o caso de hoje, que até está mexido, mas possivelmente da parte da tarde estaremos aqui todos”.
Francisco Carocinho, taxista há cerca de 50 anos, refere que o aumento dos serviços se pode justificar porque “este mês as pessoas receberam o subsídio de férias, logo, há mais um serviço ou outro”, acrescentando que, “como há colegas que estão doentes, quem fica a trabalhar acaba por ter mais um servicinho para fazer”.
A cidade de Beja é das regiões do país onde a população idosa mais usa os taxis para as deslocações do dia a dia, como por exemplo as idas ao supermercado, ao centro de saúde ou à farmácia.
“O táxi agora é um serviço mais caro e as pessoas também têm dificuldades, por isso só nos chamam quando não há outra forma para se deslocarem”, refere o taxista Francisco Marques.
Para além do negócio estar fraco devido à pandemia da covid-19, os principais fatores prejudicadores do negócio, já existentes antes da pandemia, são o preço dos combustíveis, que aumentam semana após semana, e os valores comerciais dos carros.
Há já muito tempo que não se consegue determinar o valor de um dia bom, porque a instabilidade do negócio não é de agora, nem veio apenas com a pandemia, mas a esperança do setor alargou-se um pouco com a reabertura faseada do país e com a segurança da população em retomar a vida no “novo normal”.
Fonte: O Atual