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Biostasia mostra na Universidade de Évora como olival sem pesticidas produz 6 vezes mais

A Biostasia – Projectos e Serviços de Engenharia, empresa biotecnológica, na área de Investigação e desenvolvimento de produtos de resíduo zero, em modo ecológico e biológico para a agricultura, esteve presente na I Conferência Técnica do Olival, que se realizou ontem, 15 de Maio, no Auditório do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora.

No evento, o CEO da Biostasia, Carlos Gabirro — com costelas alentejanas, de Borba —, participou na mesa-redonda intitulada “A Importância do Resíduo Zero e o Valor dos Excedentes na Produção de Azeite”, na qual mostrou como é possível um olival sem pesticidas produzir seis vezes mais que os outros, seja em produção extensiva ou superintensiva, além de o bagaço de azeitona gerado pela produção de azeite ser livre de pesticidas e, por isso, automaticamente, poder ser utilizado como adubo ou correctivo agrícola biológico.

Um painel moderado por Gonçalo Moreira, Gestor do Programa de Sustentabilidade de Azeite do Alentejo (PSAA), da Olivum — Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, que contou também com a presença de Vasco Fitas da Cruz, do Departamento de Engenharia Rural, ECT & Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da Universidade de Évora e Filipe Cameirinha Ramos, director da Herdade da Figueirinha e Monte Novo.

Em declarações à Rádio Campanário, Carlos Gabirro garante que “a prática do resíduo zero (de agro-químicos) diminui brutalmente o custo de produção. E, na produção de olival em modo extensivo, conseguimos multiplicar por seis a produtividade da cultura. Passámos [nos ensaios da Biostasia] de uma média de 1.500 pata 7 toneladas, num ano”.

Durante a discussão, foram abordadas várias questões cruciais para o sector olivícola, incluindo a implementação de práticas de resíduo zero, tendo Carlos Gabirro destacado a importância de se adoptarem práticas agrícolas que minimizem o impacto ambiental, enfatizando como a Biostasia tem liderado esta abordagem através de produtos inovadores e sustentáveis.

A valorização dos excedentes na produção de azeite — por exemplo o bagaço de azeitona — foi outro dos temas abordados, tendo-se discutido maneiras de utilizar os excedentes da produção de azeite de forma eficaz, transformando o que tradicionalmente seria considerado desperdício em recursos valiosos, contribuindo para uma economia mais circular.

Foram também abordados os desafios enfrentados pelos produtores de azeite ao implementar estas práticas, assim como as oportunidades que surgem ao adoptar uma abordagem sustentável, tanto a nível económico como ambiental.

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