Pela primeira vez os bombeiros estagiários vão poder integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), sem que tenham acabado o curso e realizado o exame final, segundo o JN.
Esta é mais uma consequência que a pandemia traz ao país. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) invocou a necessidade de reforço no socorro em tempos de pandemia para promover várias centenas a bombeiros de 3.ª categoria, a mais baixa.
De acordo com a ANEPC, está em causa “um número considerável de estagiários” com a formação suspensa.
O despacho da Proteção Civil abre problemas legais que podem não estar resolvidos a tempo da fase difícil dos fogos e para os quais a Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) já exigiu respostas.
As associações do setor lamentam que à falta de operacionais, estes jovens venham a ser “carne para canhão”. Fazem ainda o alerta de que estes estagiários não estão abrangidos por seguros obrigatórios, mas apenas por apólices para formandos.
“Os seguros dos bombeiros são feitos pelas câmaras. A ANEPC vai dar seguro a estas centenas de jovens já ou só depois de um perder a vida?”, questionou João Marques, líder da APBV, em declarações ao JN.