Em 2011, autarquia borbense foi obrigada a recorrer ao Programa de Apoio à Economia Local, também designado por PAEL, que disponibilizou uma verba de 4,8 milhões de euros, com o objetivo de proceder à regularização do pagamento de dívidas dos municípios a fornecedores, registadas na Direção-geral das Autarquias Locais (DGAL).
Em entrevista à Rádio Campanário, António Anselmo, Presidente da Câmara Municipal de Borba, em jeito de balanço, relativamente ao Plano de Ajustamento a que o PAEL obriga, afirmou que “ (…) lamentavelmente como presidente de Câmara, não é bom para nenhum político apresentar taxas máximas para as pessoas do concelho, é uma situação que herdamos e que temos de cumprir”.
O edil referiu que a “gestão criteriosa” da autarquia, permitiu demonstrar que “ (…) desde Janeiro de 2014 até Agosto de 2015 diminuímos a divida em cerca de 2 milhões (…) falamos numa média de 110 mil euros por mês durante esse período “.
Quando questionado sobre os cortes a que a autarquia teve de proceder, o edil referiu que foi sobretudo a nível de investimentos, pois refere que continuam “ (…) com um parque de viaturas velho, apesar termos comprado, com 50 mil euros, quatro viaturas velhas em bom estado: uma que faz o transporte escolar até final deste ano e as outras de trabalho (…) tudo aquilo que seja supérfluo, cortámos”.
António Anselmo referiu ainda que, “ (…) este ano ficámos com o limite de endividamento controlado”, ponderando, assim, o recurso à banca para o pagamento do empréstimo, apesar de admitir “ (…) estar sujeito às regras normais do estado, mas livre da tutela das atitudes que possa tomar perante o concelho (…) quero receber e pagar, pagando fico, pelo menos, livre ou fico, pelo menos, independente em termos de autonomia, dita politica, apesar de estar obrigado áquilo que a lei dita”.