Nos últimos tempos a caça furtiva tem vindo a aumentar levando a Federação Portuguesa de Caçadores (FPC) a encontrar soluções para debelar uma situação que “não é fácil de resolver”.
O secretário-geral da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), João Carvalho, justifica esta situação com “as dificuldades económicas em que nos encontramos e as pessoas encontrarem esta via, que não é legal”, para resolverem os seus problemas e porque “ a fiscalização é muito insuficiente e acaba por haver um convite a que estas situações continuem”.
O dirigente associativo diz ainda que “é difícil arranjar meios de prova” para identificar os suspeitos para que possam ser levados à justiça, considerando ser “um roubo que é feito às zonas de caça que investem muito do seu trabalho, do seu tempo e do seu dinheiro a criar caça para virem outros a roubá-la”.
João Carvalho diz ainda que “existem métodos de colocação de armadilhas em que os animais são apanhados e depois abatidos a tiro, armadilhas que estão a ser detetadas com maior frequência”, situações que para as zonas de caça são preocupantes porque “causam um prejuízo enorme”.
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O Alentejo, a serra algarvia, a Beira Interior, Trás-os-Montes e a área raiana são as regiões com mais situações detetadas pelas zonas de caça que costumam fazer queixa contra desconhecidos.
Entretanto a questão da vigilância e fiscalização é, precisamente, um dos pontos que o Governo quer resolver com mudanças na lei da caça. Alterações que estão a ser preparadas no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Por seu lado as três maiores organizações de caça, a Conservação da Natureza e das Florestas (CNCP), a Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça, (ANPC) e a Fencaça, já enviaram para o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, um parecer com seis pontos mais prementes a resolver, em vez da revisão da lei, sob pena de organizarem uma manifestação.