O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 30 de abril, abordou aos microfones da Rádio Campanário os recentes resultados as eleições em Espanha, falou também sobre as declarações de Nuno Melo que diz que as sondagens são indecentes e finalizou com um comentário sobre os atrasos no aeroporto de Lisboa.
Sobre as eleições no país vizinho, Carlos Zorrinho refere “na europa cada vez temos mais partidos, o acesso a novas tecnologias e as pessoas mais informadas tem acabado com aquela velha tendência para que existam apenas dois partidos”. O eurodeputado refere que “cada vez mais vamos assistir a ‘gerigonças’ como soluções políticas”. Carlos Zorrinho alerta no entanto para os perigos de se poder verificar uma ‘geringonça’ de extrema direita, apontando o exemplo de Itália “onde as coisas não tem estado a correr bem, Itália tem sido o país que tem crescido menos, onde o desemprego tem aumentado”, no entanto “são democracias, é a vontade do povo e tem de ser respeitada”.
No caso particular de Espanha, Carlos Zorrinho considera “um país difícil, pois tem uma pluralidade de nações, os problemas do País Basco e da Catalunha”, mas ainda assim “a vitória do PSOE foi justa pois foi o partido que procurou manter tudo unido”.
Relativamente a uma desfragmentação da direita em toda a Europa, o eurodeputado refere que “a história explica-nos porque é que isso acontece, ou seja as pessoas gostam sempre mais do original que da fotocópia”.
No que respeita ás declarações de Nuno Melo, que considera “as sondagens um exercício de indecência”, Carlos Zorrinho considera que “as sondagens são estudos importantes que apresentam sempre alguma margem de erro”, referindo que “a verdadeira sondagem é a sondagem no dia do voto”. O eurodeputado afirma ainda que “não podemos dizer que as sondagens são indecentes quando os resultados não são bons para nós, e que são extraordinárias quando são boas”.
Carlos Zorrinho finalizou a sua rúbrica aos nossos microfones abordando os atrasos registados no aeroporto de Lisboa. O eurodeputado refere que “as filas são enormes, o aeroporto já não dá resposta”, considerando-o mesmo “um mau cartão de visita”.
Para Carlos Zorrinho esta situação “faz o país perder muito dinheiro”.