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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Calor extremo deixa “cenário triste de prejuízo enorme” nas vinhas alentejanas (c/som)

As altas temperaturas que se fizeram sentir no Alentejo nos últimos dias, onde chegaram a atingir os 45ºC, afetaram a produção agrícola, em especial a vitivinicultura, onde “provocou uma desidratação acentuada na vinha”, explicou o diretor executivo da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), Francisco Mata, em declarações à Campanário. Segundo o engenheiro, associadas ao vento, estas “temperaturas foram bastante elevadas o que não permitiu o arrefecimento noturno” e “em consequência destes factos tivemos este cenário triste de escaldão e prejuízo enorme”.

Francisco Mata, explica que “do escaldão resulta a perda do bago, a destruição do bago” da uva. Contudo, “neste momento não é possível ter um número [dos estragos] porque há uma grande disparidade nas situações, desde vinhas que pouco mais têm do que vestígios de escaldão, até vinhas que têm a produção praticamente perdida”.

Por outro lado, “tudo isto é consequência também dos solos, onde se encontram também instaladas”, explica. Pois, “nos solos mais fracos aguentaram-se pior”, ao passo que “nos solos mais férteis aguentaram-se melhor”.

Neste momento e perante este cenário, em alguns casos desolador, “há que cuidar da vinha para que a produção que está no campo possa ter um bom processo de maturação” e “possa ter boa qualidade”.

E “depois, a seguir à vindima, preparar as plantas, continuar a acompanhar as plantas e a prepará-las para o próximo ciclo”, afirmou o diretor executivo da ATEVA.

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