O Município de Arraiolos deliberou, por unanimidade, tomar posição “contra o encerramento do balcão dos CTT” desta localidade, depois da administração da empresa ter abordado a Junta de Freguesia para que esta “assuma um serviço que foi privatizado”, adiantou à RC a presidente do município, Sílvia Pinto.
“No momento em que se fala pela valorização do interior (…) vimos, com alguma passividade de alguns organismos, mais uma ameaça de encerramento de serviços no interior do país”, lamentou a autarca a esta estação emissora, sublinhando a “importância e necessidade” que tem para a população arraiolense.
“Vimos, com alguma passividade de alguns organismos, mais uma ameaça de encerramento de serviços no interior do país”
Na tomada de posição da autarquia, é exigido ao Governo que “trave de imediato este processo de encerramento”, bem como “revogar a concessão do Serviço Postal Nacional e volte a ser um serviço público”. A suportar esta decisão, Sílvia Pinto considera que a privatização dos CTT é precisamente “o que está errado”, motivo pelo qual afirma que “não é o caminho”.
Confirmando a abordagem junto da Junta de Freguesia para que “os serviços autárquicos assumam um serviço que foi privatizado”, Sílvia Pinto refere ainda que “é isto que tem estado em todas as sedes de concelho onde se houve falar no encerramento dos balcões”.
Fechando as portas, “as pessoas acabam por não saber exatamente onde podem tratar dos seus serviços”, tais como correio e pensões, serviços essenciais à população com especial incidência sobre os idosos, no caso das pensões.