A Câmara Municipal de Grândola anunciou uma proposta para reduzir em cerca de 40% o número de camas turísticas projetadas e ainda por executar no concelho, o que representa aproximadamente 7.100 camas. Esta medida faz parte da proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal (PDM), atualmente em discussão pública, e visa limitar a criação de novos empreendimentos turísticos, diminuir as áreas de construção nas freguesias litorais e orientar o crescimento para as zonas do interior.
Segundo um comunicado da autarquia, esta alteração ao PDM tem como objetivo disciplinar o crescimento dos empreendimentos turísticos e proteger a faixa litoral, promovendo ao mesmo tempo um desenvolvimento controlado e diversificado no interior do concelho. O presidente da Câmara Municipal de Grândola, António Figueira Mendes, sublinha que esta revisão é essencial para garantir um crescimento sustentável e inclusivo, focado na melhoria da qualidade de vida da população local.
A proposta aprovada em reunião de Câmara, com votos favoráveis da CDU e a abstenção dos vereadores do Partido Socialista, também inclui a criação de uma Zona de Elevada Pressão Turística (ZEPT) na Costa Alentejana. Nesta zona, a construção de novos empreendimentos turísticos ficará interdita, com exceção daqueles que já estavam previstos antes da implementação do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROTA).
Além disso, o município de Grândola está comprometido em assegurar terrenos para a construção de habitação acessível em todo o concelho, como parte dos seus esforços para equilibrar o desenvolvimento turístico com as necessidades habitacionais da população.
A Câmara Municipal de Grândola convida todos os munícipes a participar ativamente no processo de discussão pública, apresentando as suas sugestões e observações sobre a proposta de alteração ao PDM.