A vila de Portel não realizará, este ano e pela primeira vez desde 2010, a tradicional Feira Medieval, que habitualmente se revive uma época marcante para esta localidade alentejana, à época de El Rei D. João I.
O certame passará agora a ser realizado de forma bienal, “de dois em dois anos”, numa decisão da autarquia que tem como fundamento “o custo da Feira, que não tem financiamento comunitário e era um valor extremamente elevado”, explicou à RC, o autarca José Manuel Grilo.
Segundo o presidente do município de Portel, os custos do certame ascendiam aos “60, 70 ou 80 mil euros”, que embora afirme que a autarquia “tem uma boa situação financeira”, os recursos “são escassos”, e nesse sentido se fosse obtido financiamento “fá-la-íamos todos os anos”, afirmou José Manuel Grilo.
“O custo da Feira, que não tem financiamento comunitário e era um valor extremamente elevado”
No entanto, “não vai ser por causa disso” que Portel vai deixar de comemorar os seus tempos medievais, sublinhou o edil, realçando que “às vezes têm que se tomar opções em termos financeiros”.
Arruadas, cortejos, mercado e malabares de fogo e a teatralização, como foi exemplo a edição do ano passado onde foi recriada a autorização cedida por El-Rei D. Afonso III para a construção do Castelo e da Fortaleza no sítio que melhor agrade a D. João Peres de Aboim, eram algumas das atividades que poderiam ser usufruídas no certame.