A Câmara Municipal de Elvas convocou o seu executivo, esta quarta-feira, dia 23 de julho, pelas 16 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em sessão aberta ao público para uma reunião que foi adiada por falta de quórum.
Entretanto reunidas as condições, a mesma teve início com a presença dos vereadores Rondão Almeida, Vitória Branco e Tiago Abreu.
Uma sessão que não contou com a presença dos vereadores Elsa Grilo, Manuel Valério e Tiago Afonso.
A Rádio Campanário acompanhou o desenrolar dos acontecimentos com diversas intervenções em direto desde o edifício camarário.
No início dos trabalhos e na primeira intervenção, Rondão Almeida, vereador socialista, pediu ao presidente da Câmara Municipal de Elvas que ponderasse a sua decisão e voltasse atrás na sua tomada de posição (retirada de pelouros aos vereadores Rondão Almeida e Elsa Grilo).
Tiago Abreu eleito pelo CDS/PP questionou o comendador sobre o documento que o mesmo diz ter em sua posse em que todos os eleitos pelo Partido Socialista, inclusive os suplentes, haviam assinado, e em que se demitiam das suas funções.
O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha no uso da palavra respondeu a Rondão Almeida dizendo, que não entra em desafios “porque isto não é uma guerra” e que o vereador entregasse os documentos onde consta que que os vereadores se iriam demitir.
No seguimento da reunião e devido à não comparência dos vereadores Manuel Valério e Tiago Afonso, Nuno Mocinha anuncia que também estes vereadores ficariam sem os seus pelouros a partir desta data.
Seguindo as indicações de Rondão Almeida, a filha do comendador entrou no Salão Nobre da Câmara Municipal de Elvas para entregar a pasta com os documentos que Rondão Almeida diz ter e que contêm as assinaturas dos vereadores do PS renunciando aos mandatos, tendo dito, “estão aqui mas não os entregamos”.
No entanto e depois de instigado a fazê-lo o comendador decide, de uma forma muito rápida fazê-lo, ficando a dúvida na sala se todos os documentos estariam em conformidade.
Tiago Abreu insistiu para que mostrasse a declaração de Vitória Branco, tendo Rondão Almeida pedido à vereadora que confirmasse se de fato tinha ou não assinado o documento, tendo a mesma confirmado, mas em seguida o presidente da câmara passa a ler um documento assinado por Vitória Branco, em notário, onde diz que não foi de livre e espontânea vontade que o fez, tendo sido coagida por Rondão Almeida.
A partir desta altura instalou-se a confusão na sala, tendo Nuno Mocinha abandonado o Salão Nobre, com Rondão Almeida a proferir diversas acusações. “É lamentável, sabemos que a vereadora vitória necessita de emprego mas não era preciso chegar tão baixo como chegou”.
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Tiago Abreu em declarações à imprensa diz que foi “mais um episódio do estrebuchar do moribundo, o fim de um ciclo politico e o inicio de outro”, continuando, o senhor presidente da câmara foi obrigado a nomear como chefe de gabinete a filha do senhor comendador que depois foi trabalhar para a Casa da Cultura, foi só por isso que não tendo apoio efetivo de gabinete teve que regressar alguém de fora”.
Tiago Abreu diz ainda, “começa a cair a máscara a um regime que está podre”, finalizando, “estou do lado da razão e a razão assiste o Nuno Mocinha”, descartando a possibilidade de aceitar qualquer pelouro.
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A Rádio Campanário tentou falar com a vereadora Vitória Branco, que mostrou não estar em condições de o fazer.
Entretanto o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha marcou uma conferencia de imprensa para esta quarta-feira, pelas 21 horas no Salão Nobre dos Paços do Concelho.