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Câmara Municipal de Évora aprova voto de pesar pelo falecimento do agente da PSP António Doce

A Câmara Municipal de Évora aprovou hoje um voto de pesar pelo recente falecimento do agente do Comando Distrital de Évora da Polícia de Segurança Pública, António Doce.

Segundo o município, a proposta de voto de pesar foi apresentada pelo presidente da autarquia, Carlos Pinto de Sá, a qual foi aprovada por unanimidade.

No documento, os eleitos na Câmara Municipal de Évora “expressam a sua dor e sentidas condolências à família enlutada pela perda irreparável, estendendo ainda este voto de pesar à Polícia de Segurança Pública, colegas, amigos e aos profissionais de saúde que lutaram com ele até ao fim”.

É ainda rferido que “nessa noite fatídica, António Doce pagou um preço elevado com a própria vida pelos valores que jurou defender. Pagou com a própria vida por não se ter conformado com a opressão movida pelo agressor a outro ser humano. Pagou enfim com a própria vida pela revolta de também ele ser filho, marido e pai”, destacando ainda que “ Nesses instantes trágicos, António Doce defendeu de forma abnegada o Estado de Direito e a Constituição na condenação da violência doméstica, engrossando a voz daqueles que são diariamente silenciados”.

Lê-se ainda no documento que “todos os anos milhares de mulheres, homens, crianças e jovens são sujeitos a maus tratos perpetrados no seio do lar (…) a moção salienta que “No passado dia 12 de dezembro pelas 21h40, não foram só a defesa do Estado de Direito, o espírito de missão e a deontologia profissional que lançaram o agente da Polícia de Segurança Pública António Doce na tentativa de travar mais um episódio deste triste e condenável flagelo. Nos momentos dramáticos em que António Doce se viu confrontado com uma situação de violência gratuita na via pública, desavergonhadamente despojada do pudor que conserva a ignomínia dentro de portas, foram também os valores humanistas, a profunda indignação e a solidariedade que o precipitaram no resgate daquela mulher humilhada, despojada de dignidade e indefesa”.

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