A Câmara de Odemira, no distrito de Beja, vai avançar com um projeto de reabilitação urbana de São Teotónio, avaliado em 3,5 milhões de euros e que pretende “marcar uma nova fase na vivência” desta vila do concelho.
A proposta prévia de intervenção, que está em fase de participação pública até 31 de janeiro de 2022, “é uma das peças necessárias à construção de todo um processo de revitalização urbana” da localidade, explicou o vereador Pedro Ramos à agência Lusa.
Segundo o responsável pelos pelouros das Obras Municipais e da Habitação e Reabilitação Urbana na autarquia do litoral alentejano, “aquilo que se pretende é, no fundo, uma melhoria geral daquilo que é a imagem urbana de São Teotónio”.
O projeto tem como objetivos o “reforço da centralidade do núcleo antigo” de São Teotónio, a “reabilitação das infraestruturas” e a “criação de um novo espaço público verde”, revelou.
Nesse sentido, Pedro Ramos disse que a primeira ação de intervenção prevê a “concretização de um eixo viário estruturante”, que incidirá “numa artéria principal de ligação ao interior da vila”.
A “definição de uma hierarquia viária” e a “organização dos acessos transversais”, assim como a “qualificação da imagem urbana das entradas na vila” e o “correto dimensionamento dos espaços de circulação viária e pedonal” são outras das obras estimadas nesta fase.
A proposta da Câmara de Odemira prevê igualmente a criação do Parque Urbano da Quinta do Baltazar, que “implicará a reabilitação das margens do ribeiro e galeria ripícola” existentes no local, a par de uma “ligação pedonal entre o núcleo antigo e a extensão de Saúde e complexo escolar”.
No âmbito do futuro Parque Urbano é ainda proposta “a dotação de espaços de circulação e estadia acessíveis e seguros, permitindo a fruição junto à linha de água, e a criação de bolsas de estacionamento”.
Finalmente, a reabilitação do núcleo antigo de São Teotónio “incluirá a substituição da rede de abastecimento de água, a intervenção na rede de águas residuais, a implementação de uma rede de águas pluviais eficiente” e “a redefinição da rede de recolha de resíduos sólidos urbanos”.
Esta intervenção prevê também trabalhos para “melhorar a iluminação pública”, “a adequação do espaço público ao uso pedonal”, a “organização do tráfego automóvel” e a “criação de bolsas de estacionamento”.
Segundo Pedro Ramos, após a fase de consulta pública, a autarquia irá avançar para a elaboração dos projetos de base e de execução.
“Gostaríamos de concluir todos os projetos no próximo ano e lançar o concurso de empreitada em 2023”, disse o vereador.
Para tal, o município conta com os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para avançar com este investimento de 3,5 milhões de euros.
“Contamos, através do PRR, ter esse financiamento, tanto para a parte da requalificação urbana como, mais em específico, para a reabilitação da linha de água, em que existe financiamento para este tipo de ações”, concluiu.