Maria do Céu Ramos, já na qualidade de presidente da Associação Évora 2027, não concorda que o projeto tenha começado mal, apesar do cante alentejano em tom de protesto que se foi ouvindo no exterior do Palácio D. Manuel, enquanto a equipa diretiva tomava posse. As acusações de partidarização em torno dos gestores foram recusadas “completa e liminarmente”, referiu, acrescentando que “não há qualquer fundamento para esse tipo de argumentação”.
Foi a reação de Maria do Céu Ramos após a tomada de posse a que assistiu o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tendo garantido que Évora não vai ficar sozinha na organização da Capital Europeia da Cultura em 2027 e que o Governo irá apoiar em “permanência” na medida das possibilidades. Mas para já a prioridade está centrada na procura da estabilidade após acesa polémica em torno das escolhas para os três cargos diretivos associados ao PSD.
“Este processo começou bem, porque começou há sete anos e eu estive no princípio desse processo. Tenho muita alegria em não ser uma recém-chegada ao Évora 27 e estar desde a primeira hora na comissão executiva e da candidatura”, assumiu.
E quanto à “Ceifeira do Alentejo” – uma das mais célebres modas alentejanas – que ia sendo cantada por vozes femininas lá fora? “Trouxe um pano de fundo surpreendente mas bonito para o acontecimento que aqui nos reuniu”, respondeu Céu Ramos, assumindo que a partir desta quinta-feira começa a sua tarefa.
“Com António Costa da Silva e Bruno Brás, lá estaremos na sede de Évora Capital Europeia da Cultura para fazer o nosso trabalho”, sublinhou, assegurando que o foco aponta à geração de confiança. “Isso é o princípio de tudo”, enfatizou, abrindo a porta a “todos” os que quiserem aderir ao projeto para ajudarem a fazer de Évora 27, “não apenas um sucesso, mas algo que cria e traz uma construção cultural para o futuro”.
