A cantora catalã regressa a Portugal este ano para vários concertos, onde apresentará o resultado do seu trabalho dos últimos tempos.
As primeiras datas confirmadas passam por cidades como Braga (17 Abril), Ílhavo (18 Abril), Lisboa (6 Junho), Porto (21 Junho) e Monsaraz (3 Julho).
Farsa é o novo disco de Sílvia Pérez Cruz que será lançado durante a Primavera. Este é um projecto que a artista criou a partir de conversas com outras disciplinas artísticas como o teatro, o cinema, a dança, a poesia, a pintura ou o cinema de animação.
Sílvia Pérez Cruz desenvolveu o interesse pelas artes não apenas na escola de música, mas também na escola de artes da sua mãe, Alartis (Espaço de Criação). Nesse lugar existia espaço, recursos e liberdade, e conviviam várias disciplinas artísticas ao mesmo tempo: Sílvia recorda que nas turmas da sua mãe as crianças tinham que pintar com chocolate o que ela tocava no saxofone, ou o que a sua mãe na guitarra enquanto dava aulas de desenho. Assim é mais fácil entender que, ainda que a sua linguagem natural e a sua paixão seja a música, Sílvia Pérez Cruz sente um apelo grande pela arte no geral e sempre se propôs a encontros com outros artistas, para aprofundar e entender como cada linguagem artística pode contar uma mesma realidade.
Gravado entre 2019 e 2020, Farsa (género impossível) responde à inquietação da artista em relação à dualidade do que se mostra e o que realmente somos. De como sobrevive a fragilidade interior nestes tempos em que o superficial é tão arrasador, que o que se vê pode chegar a confundir-se com o que se escuta.
Para ilustrar esta procura e continuar a explorar estas inquietações, Sílvia Pérez Cruz apresentará em Portugal concertos com três formatos: a solo com guitarra; em trio de violino, contrabaixo, guitarra e voz; e com a FARSA CIRCUS BAND. Uma banda formada por grandiosos músicos da sua geração, com quem se reencontra depois de muitos anos e caminhos próprios de pesquisa e amor à música.
Encontraremos aqui a Sílvia mais clássica e acústica com o seu discurso mais directo e emocionante, mas também a música e os recursos musicais mais modernos com que tem trabalhado recentemente a cantora catalã. Classicismo e modernidade na voz e canções de uma artista imperiosa, plena e única.