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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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CAP: Furtos nos postos elétricos no Alentejo causam prejuízos aos Agricultores. Diz Luís Mira.

A Rádio Campanário realizou uma entrevista com Luís Mira, Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), para discutir a onda de furtos em postos de transformação elétrica que tem afetado as explorações agrícolas, sobretudo nas regiões do Alentejo e do Ribatejo. O fenómeno, que ultrapassou o montante de um milhão de euros em prejuízos no último ano, levanta questões segundo a CAP sobre segurança nas comunidades rurais.

“Este é um valor muito grande, e não estão aqui contabilizados os prejuízos que causa o facto de deixar de ter energia numa altura em que a rega está em pleno. A reposição do PT às vezes demora dias, às vezes mais de uma semana, o que causa prejuízos enormes nas culturas,” explicou o Eng. Mira, referindo o problema e a urgência de uma solução.

Durante a entrevista, o Eng. Mira detalhou a metodologia utilizada para a contabilização dos prejuízos, indicou que foram reportados mais de 100 assaltos, com cada furto a implicar custos médios de cerca de 12.000 euros. Esta situação traduz-se num total que supera os 1.200.000 euros, valor que a CAP optou por arredondar para cerca de um milhão de euros, visando simplificar a apresentação dos dados.

Além das perdas financeiras diretas, o secretário-geral da CAP sublinhou os prejuízos colaterais causados pela interrupção do fornecimento de eletricidade, afetando não só a rega das culturas em períodos críticos, mas também deixando residências sem energia por tempo indeterminado. A demora na reposição dos postos de transformação agrava ainda mais a situação, com tempos de espera que podem exceder uma semana.

Para enfrentar este desafio, a CAP apela a um reforço das medidas de vigilância e segurança nas áreas rurais. Realçando que “Não é possível ter um polícia ao pé de cada PT, mas é possível, nos locais de receção deste tipo de materiais, haver uma maior fiscalização e, com isso, chegar de certeza alguma conclusão relativamente ao material recebido,” salientou, delineando uma das iniciativas propostas para mitigar o problema.

Adiantou ainda, que a escolha do Alentejo e do Ribatejo como principais regiões afetadas se deve à sua menor densidade populacional, que facilita a ação dos criminosos. A dispersão geográfica e o isolamento de muitos postos de transformação elétrica contribuem para a vulnerabilidade destas áreas.

Foto : Jornal Econòmico

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