Depois de uma longa paragem, o Troféu X-Trophy regressou finalmente “ao ativo” com a realização no passado fim de semana do X-TROPHY PORTALEGRE 2021, prova que foi organizada pelo Código D’Aventura e com a promoção da mesma a cargo da X-Adventure.
Previa-se que após a interrupção de mais de um ano, existisse bastante interesse na prova por parte dos participantes que, durante o longo período de confinamento se viram privados da sua atividade desportiva normal. Porém a adesão de pilotos foi acima do esperado, obrigando mesmo a organização não só a encerrar as inscrições mais cedo do que o previsto, como a dividir a prova das motos em duas mangas de 1h15m cada no lugar da habitual hora e meia de duração. Os Quads voltaram a ter a habitual adesão maciça de pilotos, sendo a competição que na atualidade reúne a maior lista de pilotos desta categoria entre todas as competições disputadas em Portugal, contrariando um pouco a ideia generalizada de que a classe está em regressão, conforme comunicado enviado à nossa redação.
A prova de Portalegre ficou também marcada pela estreia de uma nova Classe no troféu – A classe Iniciados, para pilotos dos 5 aos 11 anos. Introduzida a pedido de vários pais de jovens pilotos, a classe iniciados teve estatuto de “experiência”, e apesar de para já não haver planos imediatos de voltar a ter esta classe, poderá regressar nas próximas provas ou na próxima edição do Troféu, dependendo a avaliação que os pilotos, os seus pais e a organização venham a fazer dos resultados da prova Alentejana.
O X-Trophy Portalegre 2021 fez parte do Portalegre TT, um evento que inclui também o Super SSV Portalegre 2021 que se disputou no dia anterior ao X-Trophy em condições duras com muito calor e muito pó levantado a casa passagem dos concorrentes. Para procurar mitigar os problemas causados pelo pó a organização regou a pista repetidas vezes, conseguindo obter resultados que permitiram melhor as condições da pista. Ajudou também à realização da prova uma baixa significativa das temperaturas e a existência de vento moderado que ia empurrando o pó levantado pelos concorrentes.
Os primeiros a entrar em pista foram os pilotos da Classe Iniciados, numa corrida conjunta de motos e quads disputada numa pista com um perímetro mais curto e sempre nas proximidades da zona de assistência. Nas motos de duas rodas os quatro primeiros conseguiram todos dar 15 voltas ao circuito e todos em Yamaha YZ 65cc, mas foi Simão Severino que conseguiu ser o primeiro a chegar á linha de meta, deixando atrás de si João Leiria em segundo e Francisco Nunes em terceiro. Nas Moto 4 João Teotónio em Yamaha Yfm 250 Cc teve uma prestação acima dos seus adversários e muito próxima dos melhores das duas rodas, conseguindo dar 14 voltas ao circuito nos 30 minutos que durou a prova, mais 2 do que Afonso Reis (Yamaha Yfm 350 Cc) que terminou em segundo com 12 voltas e mais 3 do que a terceira classificada Carolina Feitinha (Yamaha Yfm 250 Cc).
Devido ao elevado numero de inscritos e ás condições da pista com muito pó e pouca visibilidade, a organização dividiu a prova em duas mangas, reduzindo ainda a duração das mangas para 1h15m, menos 15 minutos do que inicialmente previsto caso a prova tivesse só uma manga. Na primeira manga competiram os pilotos das Classes TT1 e TT2 Federados, bem como os pilotos da classe TT1 Hobby. A segunda manga ficou reservada aos TT2 Hobby.
Na primeira manga as três primeiras posições ficaram definidas logo na primeira volta, com André Sérgio em Yamaha YZF450 a assumir a liderança da prova e a segurar este posto até final. João Duarte em KTM 350 EXC, colocou-se em segundo e Filipe Fragoso em Yamaha YZ 250 F em terceiro, conseguindo ambos segurar estes lugares até final. Todos conseguiram dar 14 voltas á pista, juntamente com os 5 pilotos seguintes, pois até ao oitavo postos todos deram o mesmo numero de voltas, atestando não só o ritmo rápido do grupo da frente, como também o equilíbrio de prestações.
Por Classes, André Sérgio somou á vitória á geral a vitoria na classe TT2 Federado, enquanto Filipe Fragoso vencia a classe TT1 Federado. Nos Hobby, Flávio Carvalho em Yamaha YZ 250 F , com 14 voltas cumpridas venceu a Classe TT1, sendo mesmo o único desta classe a conseguir obter este numero de voltas, sendo depois seguindo por um grande grupo de pilotos com 13 voltas realizadas. Nos TT2 Hobby, Nelson Cunha, com 13 voltas realizadas aos comandos de uma Honda CRF 450 foi o grande vencedor.
Finalmente, nos Juniores venceu Vasco Severino, nos veteranos venceu Oscar Duarte e Andria Sousa venceu entre as senhoras.
Depois de disputadas as provas das motos, foi a vez da numerosa caravana de quads medir forças na pista de Portalegre, e um pouco á semelhança do que se passou nas motos, os dois primeiros classificados assumiram as suas posições logo de inicio. Fábio Ferreira foi o grande vencedor, que com a sua Yamaha YFZ450 consegui dar 16 voltas á pista. Com o mesmo numero de voltas mas com mais 2m51 ficou Luis Fernandes, em moto semelhante á do vencedor. Ricardo Rodrigues com mais uma Yamaha YFZ450 e também com 16 voltas terminou em terceiro, depois de ter recuperado desde o nono lugar na primeira volta.
Por Classes, na Q-Elite, reservada aos pilotos federados ficou tal e qual como a classificação geral, pois os três primeiros corriam todos nesta classe. Assim, venceu Fábio Ferreira, Luis Fernandes foi o segundo e Ricardo Rodrigues o terceiro. Na Classes Hobby, em Q1 venceu Miguel Costa, enquanto Hugo Vasco triunfou em Q2. Martim Pedroso venceu a classe Juniores e Rui Russo venceu a classe Veteranos, ambos com Yamaha YFZ 450. E finalmente, entre as Senhoras foi Yara Caçador quem conquistou o troféu de vencedora da prova com 13 voltas cumpridas.
Luis Pirralho, Director desportivo do X-Trophy disse no final que:
“Foi um fim de semana longo e muito trabalhoso, hoje especialmente porque tivemos muitos participantes, porque tivemos muito pó, e porque tivemos que realizar a prova sempre com atenção ás medidas de contenção da Pandemia. De um modo geral termino a prova bastante satisfeito, destacando sobretudo a grande adesão de pilotos de todas as classes, e destacando ainda a prova dos Iniciados, com os miúdos a terem um desempenho muito engraçado de assistir . Apesar do balanço muito positivo, tivemos algumas situações mais difíceis, que vão requerer a nossa intervenção para que não se voltem a repetir. Agora vamos aproveitar o verão para as ferias e preparar as duas ultimas provas do Troféu que serão disputadas no final do ano, sendo a próxima em Novembro, em Mourão.”
Pedro Marcão, do Código D’Aventura, disse após o evento, e em jeito de balanço do Portalegre TT, evento em que se incluiu o Super SSV Portalegre 2021 que:
“Considero que o Portalegre TT 2021 foi um sucesso! Tendo em conta o piso duro e o muito pó, consequência das elevadas temperaturas que se fazem sentir nesta altura do ano na região, tudo fizemos para proporcionar um evento de grande nível. 300 pilotos inscritos nas várias categorias revelam que de ano para ano o Portalegre TT tem vindo a afirmar-se cada vez mais. Destaco o êxito da prova dos iniciados, uma estreia no nosso evento que se relevou bastante promissora, afinal de contas são eles o futuro da modalidade. Uma palavra de agradecimento ao público presente que cumpriu todas as regras e indicações que lhes foram impostas devido à pandemia.”
O X-Trophy Portalegre 2021 fez parte do programa do Portalegre TT, foi organizado pelo Código D’Aventura com o apoio do Município de Portalegre, foi promovido pela X-Adventure sob a égide da FMP – Federação de Motociclismo de Portugal
