Em entrevista à RC o Presidente da Cáritas Arquidiocesana de Évora, o Diácono Luís Rodrigues, faz um ponto de situação relativamente aos apoios que a Cáritas tem dado e apela à solidariedade de todos neste momento complicado.
“É um facto o aumento de procura dos serviços da Cáritas, que está a crescer todos os dias”, frisa.
Explica que devido à pandemia COVID-19 existem muitas pessoas a ficar desempregadas, em lay-off ou com cortes totais ou em parte dos seus rendimentos e faz com os serviços prestados pela Cáritas sejam “muitos mais procurados”.
Luís Rodrigues afirma que existe “alguma dificuldade” em responder à crescente procura por parte de várias famílias e que a Cáritas de Évora “não estava preparada para esta avalanche”.
Garante, porém, que tem havido ajuda “sobretudo de particulares” à Cáritas, mas que ainda assim “não é suficiente porque o que vem a seguir ainda é pior”. Refere-se às carências que vão existir nas famílias após a epidemia COVID-19, “dívidas com a renda da casa, com o gás, com a luz, tudo isso vai acontecer e esse é o problema maior que vamos ter”.
Neste momento a Cáritas Arquidiocesana de Évora não tem produtos de reserva, “tivemos uma ajuda inicial do Banco Alimentar que nos entregou alguma quantidade e estamos agora a comprar para dar às famílias”.
O Presidente informa que existe uma “conta bancária onde estamos a receber donativos em dinheiro e na sede da Cáritas recebemos tudo o que nos entregarem. Nas Cáritas paroquiais espalhadas pela diocese, que têm estado um pouco inativas mas esperamos que com algum alívio da pandemia possam começar a mexer, para quem está fora de Évora pode ajudar nessas”.
Apela por fim para que haja “solidariedade e que tudo o que possamos fazer pelos outros que têm pouco ou nada é meritório. Pedimos que ajudem os que mais precisam”.