Os encarregados de educação dos alunos da Escola Básica de São Mamede, Évora, têm demonstrado o seu descontentamento relativamente às condições em que a o estabelecimento se encontra no início deste ano letivo.
A obra que decorria foi “abandonada pelo empreiteiro”, “os esgotos inutilizam o pátio”, são alguns dos aspetos que se podem ler em comunicado da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola de S. Mamede (APEEESM), apontando a falta de “uma resposta capaz” do Município.
A RC falou com Carlos Pinto de Cá, presidente da Câmara Municipal de Évora que declara que “os pais têm razão”.
“As obras atrasaram-se por razões variadas”, explica, sendo que “a grande obra de intervenção e reabilitação do pátio de cima” se prolongou para além do previsto devido a intervenções arqueológicas, “mas no centro histórico é mesmo assim”. Estas intervenções custaram “mais de 40 mil euros”.
“Foi infelizmente um processo demorado, mas nas obras do centro histórico temos estes imponderáveis”
Carlos Pinto de Sá
O empreiteiro abandonou depois a obra, “e tinha direito a fazê-lo”, o que levou o município a ter de abrir “novo concurso para que um novo empreiteiro ou o mesmo, mas em condições diferentes, pudesse concorrer ao resto da obra”.
O autarca aponta – “temos que estudar as coisas e cumprir o que está definido, mas obviamente isto tem impactos na vida das pessoas”.
Mais acrescenta que a Junta de Freguesia está a fazer uma intervenção no pátio de baixo, “para melhorar os acessos”.
Tanto o Município como a Junta de Freguesia, aponta o autarca, estão a ter “essa dificuldade em arranjar empreiteiros porque os concursos ficam desertos, não há facilidade de arranjar empresas que queiram fazer determinados tipos de trabalhos”.
O presidente de Évora declara que “a obra devia ter sido feita mais cedo”, mas “não foi possível”, sendo é uma obra que “vai durar 45 dias e vai afetar aqui durante 2 meses”.
O autarca reconhece que “temos uma situação difícil na Escola de São Mamede, mas que tem a ver com estes imponderáveis de obra”, sempre tendo em “uma perspetiva, que a escola vai melhorar significativamente quando as obras estiverem concluídas”.
“Compreendo as preocupações dos pais e as questões que levantam em relação à escola”
Carlos Pinto de Sá
Por enquanto, “os miúdos vão ali ter aqueles incómodos e aqueles problemas, não temos ali uma solução para resolver”, estando a procurar-se que “a obra do pátio de baixo seja terminada no prazo mais curto possível”, para o deixar disponível para os alunos.
Mais acrescenta que “também houve um problema que vinha do andar de cima, da Universidade, que também já se está a resolver”, e que permitirá “desbloquear uma outra zona da escola, mas de facto vamos ter constrangimentos até ao final do ano certamente”, conclui.