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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Carlos Zorrinho analisa eleições e reconhece falhas do PS em entrevista à Rádio Campanário.

Carlos Zorrinho, Eurodeputado pelo Partido Socialista, concedeu no seu comentário à Rádio Campanário para discutiu os resultados das eleições de 10 de março do passado domingo, sublinhando desde logo a diminuição da abstenção como um sinal positivo. O Eurodeputado congratulou a Aliança Democrática pela sua vitória, ainda que tangencial, e reconheceu o papel futuro do seu partido, o PS, na liderança da oposição.

“O Partido Socialista não ganhou essas eleições, por muito pouco, mas não ganhou e, portanto, terá que exercer o seu papel de liderar a oposição,” afirmou Carlos Zorrinho, evidenciando uma aceitação clara dos resultados eleitorais. Destacou igualmente a contínua confiança dos eleitores alentejanos no PS, um apoio que se mantém desde 1995, pelo qual expressou profunda gratidão.

Comentou ainda a ascensão do Chega. O eurodeputado que a considera que a maioria dos votos recebidos pelo Chega provinha de um descontentamento geral e não necessariamente de um endosso às suas posições extremistas. “Eu não concordo com aqueles que dizem que a subida do Chega é a subida da extrema-direita, racista, xenófoba, populista… mas o milhão de portugueses que votou nesse partido votou sobretudo por descontentamento”.

 Admitiu eventuais falhas do Partido Socialista durante os anos de governação. “Provavelmente o Partido Socialista também não governou tão bem como deveria ter governado e isso também naturalmente tem que ser assumido,” reconheceu, indicando uma reflexão crítica sobre o desempenho do seu partido.

Sobre a formação do próximo governo e a viabilidade de um governo minoritário da Aliança Democrática, Carlos Zorrinho mostrou-se pragmático, e alertou para a responsabilidade do PS e de outros partidos democráticos em responder ao descontentamento expresso nas urnas. “Esse é o grande desafio para os partidos democráticos… têm que dar razões às pessoas para que as pessoas votem neles e não em partidos que não cumprem isso,” salientou.

Zorrinho concluiu refletindo sobre o futuro político de Portugal, destacando a importância de aprender com as falhas do passado e de trabalhar para melhor responder às necessidades e expectativas dos eleitores, num esforço para fortalecer a democracia e a governação do país.

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