O eurodeputado Carlos Zorrinho no seu comentário desta terça-feira, dia 14 de Fevereiro, começou por falar das declarações do Presidente da República sobre Mário Centeno e o processo da Caixa Geral de Depósitos, onde mencionou que “a verdade é que esse problema está resolvido, pelo menos aparentemente, a caixa foi revitalizada, tem uma nova direção e isso é a parte mais importante”, “no processo houve algumas coisas que correram aparentemente menos bem” e o Ministro Mário Centeno, e a sua equipa das finanças, assumiram “alguma articulação com o candidato António Domingues, mas nunca passando a linha vermelha”, e esclarecendo que a “linha vermelha” é “terem de entregar as suas declarações ao Tribunal Constitucional”.
Acerca da palavra dada por Mário Centeno em torno da legislação que engloba a Caixa Geral de Depósitos, o eurodeputado referiu as palavras do Presidente da República e disse que “não há nenhum documento escrito, há interpretações sobre os factos”, afirmou que “a posição está desesperada, os estudos de opinião mostram todos que o PS tem cada vez mais votos”.
Na sua opinião, o processo da Caixa “não é brilhante, deve-se aprender, não se deve repetir, mas não é essencial, o que é essencial é aquilo que se conseguiu fazer”, “ontem a Comissão Europeia disse que Portugal vai sair folgadamente do processo do défice” e “ainda bem que o Presidente da República também o reconhece, que Mário Centeno continue como Ministro das Finanças”.
Sobre a forma como foi encaminhado todo este processo da CGD, Carlos Zorrinho disse que “99% do que é importante é recapitalizar a Caixa, ter solidez no sistema financeiro, o pais crescer, o pais ser credível, depois há 1% que é a questão processual que correu mal” e afirmou que “é preciso também reconhecer que correu mal e melhorar para a próxima”.
Acerca do crescimento económico em 2016 referiu que “1,4% é mau, mas é mau em absoluto, em termos relativos é melhor do que estava previsto e é dos melhores crescimentos da zona euro” e que “estamos a cumprir o défice e vamos sair de uma coisa quase endémica”.
No final do seu comentário o eurodeputado falou sobre o Novo Banco e referiu que o Governo “está á procura de remediar, e remediar é sempre mau, mas que remedeie o melhor possível” e concluiu que “já não há boas soluções para o Novo Banco, há é soluções menos más”.