A Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (Carmim), inaugurou esta sexta-feira, dia 2 de fevereiro, uma central fotovoltaica, na presença do Ministro da Agricultura e de vários representantes de entidades da região.
Luís Capoulas Santos, Ministro do Ambiente, afirma à RC que este investimento “mostra uma visão de longo prazo e um esforço adicional” da cooperativa.
Possuindo “extrema importância […] em termos de poupança de energia”, terá “óbvios impactos económicos positivos na cooperativa” assim como no ambiente, sublinha.
A infraestrutura “revela a capacidade de gestão” da Carmim, assim como a “visão de futuro” associando aos vinhos produzidos na mesma a mais valia de contribuir “para o melhor ambiente de que todos usufruímos”.
Miguel Feijão, Presidente da Carmim, em declarações à Rádio Campanário, afirma que “a nossa vida vai ter que ser cada vez mais verde para tentarmos salvar o planeta”.
Num investimento de 500 mil euros inteiramente de capitais próprios, a central fotovoltaica composta por cerca de 1600 painéis cobre uma área de 1360 m2.
Este investimento possibilitará uma poupança anual de 280 toneladas de carbono e de 80 mil euros na fatura da eletricidade. A infraestrutura tem cerca de 500kVa de potência, e produz cerca de 700 mil kwh anualmente.
Prevendo um retorno do investimento em menos de 7 anos, “permite satisfazer as nossas necessidades diárias integralmente”. Durante o período do dia a central fotovoltaica produzirá energia “dimensionada” ao consumo da cooperativa, sendo que a eletricidade produzida 2durante o dia na hora de almoço, nos fins de dia, nos fins de semana, porque quando trabalhamos” será injetada na rede.
De salientar ainda que a instalação da central sob o pavilhão de engarrafamento, possibilitará “menos alguns graus centígrados de temperatura ambiente” no interior do mesmo, melhorando a qualidade das condições dos trabalhadores.
Em declarações à RC, José Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, afirma que o investimento da central fotovoltaica demonstra a “estratégia de gestão” da cooperativa, assente na “criação de valor e na redução das parcelas de custo do ciclo produtivo”.
Desta forma, e demonstrando um percurso de sucesso ao longo das suas décadas de existência, “a cooperativa destaca-se num conjunto de produtores vitivinícolas do concelho”.
Este investimento agora apresentado, representa a criação de valor para 1000 agricultores, dos quais 500 produtores de uva, que exportam para 40 mercados internacionais.
Questionado sobre a possibilidade de a marca Carmim e a marca Reguengos de Monsaraz, se puderem vir a confundir, no que concerne a vinhos, afirma que “sempre se confundirão”.
A marca Capital dos Vinhos de Portugal só existe devido à qualidade de todos os produtores do concelho, aponta, e em “resultado de uma política de estratégia pública”.
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