Luís Montenegro encerrou este domingo a Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, com discurso onde destacou a importância da formação política e o papel relevante que a Universidade de Verão desempenha nesse âmbito. Segundo o líder do PSD, “esta é a ação de formação política mais emblemática e icónica nas estruturas partidárias portuguesas, sendo um modelo replicado por outros partidos”.
Durante o seu discurso, Montenegro prestou homenagem aos cinco militares da GNR recentemente falecidos, expressando a sua solidariedade para com as famílias e amigos das vítimas.
O líder social-democrata sublinhou a importância das discussões e ideias geradas durante este tipo de eventos, mencionando que muitas das políticas implementadas pelo Governo têm origem em debates travados em iniciativas como a Universidade de Verão. Referiu ainda que estas ideias influenciam diretamente as decisões do Governo, destacando a criação de um Ministério da Juventude e Modernização do País como um exemplo do impacto destas discussões.
Montenegro falou também sobre os desafios que os jovens enfrentam em Portugal, nomeadamente a questão do alojamento estudantil, afirmando que o Governo já tomou medidas para aumentar a oferta através de novos investimentos e parcerias. “Nós conseguimos, só naquilo que depende diretamente de nós, colocar mais 709 alojamentos à disposição dos estudantes universitários”, mencionou.
Além disso, salientou ainda as políticas fiscais dirigidas aos jovens, como a proposta de reduzir em dois terços o imposto sobre o rendimento do trabalho dos jovens, sublinhando que estas medidas são concretas e não apenas retórica política: “Estas políticas são políticas concretas. Isto não é conversa. Nós que estamos no governo não é para a política da conversa, é para a política das ações concretas”.
Montenegro aproveitou ainda para criticar as acusações de eleitoralismo que surgiram em reação a algumas das medidas recentes anunciadas pelo Governo, afirmando que essas críticas são infundadas, uma vez que as próximas eleições estão ainda a quatro anos de distância: “Quem fala em eleitoralismo é alguém que está a contar ter eleições mais cedo. Mas não somos nós, porque nós não falamos em eleitoralismo”.
Foto: JN