O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) apresentou ao Governo uma alteração das regras de acesso ao ensino superior para estas instituições, eliminando a obrigatoriedade de aprovação nos exames de acesso.
A proposta mantém o atual regime e, facultativamente, as instituições politécnicas, para os cursos que entenderem, podem adotar como provas de ingresso a aprovação nas disciplinas de ensino secundário dos cursos científico-humanísticos, que já resulta da combinação da avaliação interna com a avaliação externa.
Para o presidente do conselho, Joaquim Mourato, esta “proposta pretende receber mais estudantes no ensino superior utilizando a capacidade instalada nas instituições sem custos adicionais para o estado”, realçando que a “Lei de Base do Sistema Educativo tem como princípios a componente de avaliação continua e as provas nacionais que valorizam o percurso educativo do candidato no ensino secundário”.
À Rádio Campanário, Joaquim Mourato refere que caso as instituições do politécnico queiram seguir esta proposta “podem considerar como prova de ingresso, à aprovação do ensino secundário que já resulta da combinação da avaliação interna com a externa, ou seja hoje o estudante para terminar o secundário tem que fazer os exames nacionais e esse resultado conta para a nota final do secundário. Nós não estamos a eliminar os exames, os exames continuam”.
Aquilo que o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos defende, na proposta entregue na semana passada ao Governo, é uma alteração às regras de acesso ao ensino superior, havendo diferenças entre os modelos para o ensino universitário e politécnico. As universidades devem manter os moldes dos anos anteriores contabilizando quer a média final do ensino secundário como a nota obtida pelos estudantes nos exames nacionais às disciplinas específicas. No caso dos politécnicos apenas bastaria a nota interna.
Os institutos politécnicos de Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria votaram contra esta proposta apresentada pelo CCISP, embora o Instituto Politécnico de Portalegre tenha votado a favor.