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Central Fotovoltaica de Cercal do Alentejo tem luz verde com contraciclo

Este sábado foi dada a “luz verde” à Central Fotovoltaica de Cercal do Alentejo, em Santiago do Cacém (Setúbal), que está “em contraciclo” com o combate às alterações climáticas.

 

O PAN mostrou-se solidário com a população de Cercal do Alentejo, nomeadamente com o movimento criado para contestar a central. Segundo o mesmo, este projeto vai afetar “uma região marcada pelo turismo”.

Segundo a porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), esta central, que recebeu Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, mas condicionada, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no final de julho, vai destruir uma vasta área, quer de floresta, quer agrícola”, e afetar a biodiversidade.

Inês Sousa Real, criticou hoje a “luz verde” dada à Central Fotovoltaica de Cercal do Alentejo, em Santiago do Cacém (Setúbal), que está “em contraciclo” com o combate às alterações climáticas.

 

“A autorização que foi concedida para esta central fotovoltaica está, em contraciclo com aquilo que tem que ser o desígnio de Portugal e do mundo para combater as alterações climáticas e proteger o património natural”, disse.

Segundo a Eco, após participar numa reunião pública contra a central, a convite do Movimento Juntos pelo Cercal do Alentejo, Inês Sousa Real criticou a “opacidade” e “celeridade” do projeto.

 

Inês Sousa Real defendeu que, numa altura em que foi conhecido o relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado na segunda-feira, “é de facto particularmente gravoso que o Governo não trave estas iniciativas”. Refere ainda que “estas instalações não estão a servir os interesses da proteção ambiental” e “da população”.

O Movimento Juntos pelo Cercal do Alentejo já admitiu poder vir a recorrer aos tribunais para procurar impedir o avanço do investimento.

 

O PAN comprometeu-se “legislar” sobre esta matéria, acautelando que exista “uma Avaliação de Impacte Ambiental para estas centrais fotovoltaicas feita com critérios adequados”, e também “fazer pressão junto do Governo para que oiça a população”.

 

O projeto da central, é promovido pela empresa Cercal Power, S.A, do grupo Aquila Capital. Esta empresa tem um investimento global previsto de 164,2 milhões de euros e uma área de implantação de cerca de 816 hectares, embora a ocupação seja de 320 hectares (40% da área), onde serão instalados 553.800 painéis fotovoltaicos.

 

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