A cidade de Estremoz tem, desde 9 de agosto, um novo espaço expositivo e museológico – o Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz.
Hoje visitamos o novo Centro Estremocense e deixamos-lhe aqui uma sugestão para visita, o espaço que até outubro terá entrada gratuita.
A recepção é feita com excertos de José Saramago (Viagem a Portugal) e José Régio alusivas à produção de figurado em Barro de Estremoz.
Aberto de 3ª Feira a domingo, o Centro Interpretativo do Boneco de Estremoz está instalado no piso superior do Palácio Marqueses Praia e Monforte e distribui-se por 10 salas, que retratam as razões para a existência do Centro, a história dos Bonecos, a produção, os Barristas que mantiveram e mantêm ainda a arte, as temáticas que o figurado retata, entre elas as atividades rurais, o carnaval ou a religião / devoção e os processos de valorização e salvaguarda.
Ainda no Centro é possível ser barrista por momentos e moldar o seu próprio apito – objecto e há ainda o laboratório de investigação, concervação e restauro, uma parceria com o Centro Hércules da Universidade de Évora e a loja, onde se pode adquirir uma peça deste artesanato classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em dezembro de 2017.
O centro interpretativo resulta de um investimento de 258 mil euros, financiado em 70% através da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, do Turismo de Portugal.
Os bonecos de Estremoz pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura do município.
Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.
Veja as fotos e visite o espaço, aceite a nossa sugestão.