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Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes em Vendas Novas é o primeiro do distrito de Évora

No Dia Internacional dos Migrantes, 18 de dezembro, Vendas Novas inaugurou o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), em cerimónia oficial que contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, do Presidente do Conselho Diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Pedro Gaspar, e do Presidente da Câmara Municipal, Valentino Salgado Cunha.

De acordo com a Autarquia, este novo serviço é o primeiro do distrito de Évora e resulta de um protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal e a AIMA, tendo como objetivo disponibilizar atendimento especializado para apoiar migrantes, promovendo a sua integração e acesso a direitos fundamentais. O CLAIM será um ponto de acolhimento, informação e encaminhamento para as diversas respostas locais e nacionais.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a população de estrangeiros legais residentes no Concelho de Vendas Novas registou um aumento durante os últimos quatro anos de 164%, passando de 294 para 777 cidadãos. Este é um dado que evidencia a crescente relevância de serviços dedicados à inclusão social. Contudo, a ausência de dados sobre o número de estrangeiros em situação de permanência irregular sublinha a importância de iniciativas como esta, que fortalecem as respostas do território às necessidades da comunidade migrante.

A criação deste serviço reflete o compromisso do Município com a inclusão social e é um passo significativo na criação de uma rede de apoio que assegure, não apenas a integração dos migrantes, mas também a proteção e o acompanhamento daqueles que enfrentam situações de vulnerabilidade. Procura ser um porto seguro para quem não dispõe de suporte familiar ou social, garantindo orientação em questões complexas e proporcionando a informação necessária para superar obstáculos administrativos ou legais.

Como referiu o Presidente da Câmara Municipal, «este é um serviço essencial para a comunidade, onde podem encontrar um interlocutor num sítio, para muitos, desconhecido e que será, em muitos casos, a primeira voz amiga e orientadora, a resposta certa e convicta de quem conhece Vendas Novas, de quem pode e sabe ouvir as amarguras, o sofrimento e as ânsias das pessoas.» Mas isso não invalida que território não se ressinta com o aumento exponencial da população migrante e dos poucos recursos que a acompanham «A primeira linha de presença serão sempre os Municípios, mas não podemos – nem conseguimos – ser a primeira linha da solução. E a população que já cá vive merece soluções: merece ter mercado habitacional, merece ter médicos, ter escolas e serviços públicos», referiu por último Valentino Salgado Cunha.

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